- Maria Redonda, faz tanto tempo... Minha ansiedade está a mil! Falta muito para chegarmos?
Minha frase saiu de forma ingênua e espontânea, buscando o olhar delicado e calmante da minha companheira espiritual e mentora, tal qual a criança que quer saber dos pais se a viagem de carro chegara finalmente à praia. A verdade é que estava difícil conter a emoção de finalmente voltar, sentir novamente a egrégora da Terra, estar entre as pessoas e, com sorte, rever algum familiar encarnado. Seis décadas se passaram desde a última vez em que lá estive.
- Estamos quase lá, Cambinda! Caminhemos, companheira, caminhemos. Acredito que até o pôr do sol terreno já teremos atravessado esta zona umbralina. Será bem rápido para chegarmos ao terreiro no qual você irá trabalhar pela primeira vez.
“Primeira vez”... Tão estranho fazer algo pela primeira vez, depois de ter vivido por tanto tempo na Terra. Enquanto caminhávamos, não conseguia evitar que memórias de outrora passassem pela minha cabeça como um filme: desde que nasci, na minha última encarnação, vi passar pelos meus olhos o fim da segunda guerra mundial, a ciência da humanidade alcançando outros planetas, o apogeu dos computadores, os aparelhos de telefone celulares e a internet nas mãos de cada pessoa. Nossa, como foi difícil mexer nesta tal de internet na Terra! Se não fosse a paciência incansável da minha netinha que, com oito anos, já sabia fazer pesquisas instantâneas naqueles aparelhinhos (pesquisas que eu demoraria horas para buscar nas minhas enciclopédias e livros), eu teria desencarnado sem nunca ter "navegado" na internet, como eles chamavam. "- Se minha netinha soubesse como é desencarnar... Isto sim é navegar!" - meu pensamento me fazia rir por dentro - "navegar embriagada no meio do maremoto, isso sim!".
No entanto, transformando o riso em memória agridoce, inevitavelmente, não conseguia evitar de lembrar da minha morte. Eu tinha noventa e três anos. Decerto que já não conseguia fazer as coisas que eu fazia quando jovem. Meus braços já não eram fortes como eram antes, quando eu trabalhava lavando roupa para minhas clientes. Meus joelhos ressentiam cada vez que eu me levantava do sofá. Mas eu ainda era viva, ainda queria viver histórias, queria ver minha netinha crescer, cozinhar para ela, continuar fazendo minhas entregas para saudar meus Orixás, continuar cantando meus pontos... Gostava tanto de estar viva!
Eu demorei tanto tempo para aceitar que era hora de partir. Foi tudo tão difícil... lembro-me da televisão, dos telejornais pedindo para que as pessoas não saíssem das suas casas, pois havia uma pandemia no mundo. Pediam que as pessoas ficassem isoladas, principalmente pessoas como eu, que já tinham passado dos sessenta anos. No entanto, meu filho não acreditou, pois recebia em seu aparelho de celular várias mensagens de amigos dizendo que o vírus desta pandemia causava apenas uma gripe simples, banal e sem grandes consequências nas pessoas. "É só uma gripezinha, mãe!", como meu filho dizia.
E eu acreditei no meu filho, pois, na noite do mesmo dia, vi um pronunciamento do presidente do Brasil dizendo que quem tinha um bom condicionamento físico ficaria bem e, como eu sempre dependi do meu esforço físico no trabalho, acreditei que não teria problemas. Continuei saindo de casa com meu filho, normalmente, como sempre fiz. Infelizmente, contraí o vírus. Em menos de um mês, não conseguia mais respirar. Fiquei três dias internada e não tinha mais forças para me manter acordada. Minha hora tinha chegado.
Após meu último suspiro, demorei para entender que eu estava, de fato, desencarnada. Tudo parecia um pouco igual, mas as pessoas não me ouviam mais: nem meu filho, que estava em estado lastimável e sentindo-se extremamente culpado pela minha morte, nem minha netinha querida, que, ao olhar para meu corpo imóvel na maca fria da ala intensiva do hospital, sequer se atentava às mensagens de apoio que chegavam no telefone dela.
O desespero tomou conta de mim e saí em disparada pelo hospital tentando falar com as pessoas, buscando qualquer um que pudesse me ouvir. As alas do hospital estavam um pouco diferentes do que eram há alguns dias, mais escuras, mais densas. A luz parecia ir diminuindo à medida em que eu andava o mais rápido que conseguia procurando ajuda.
Após um tempo que me soou como alguns minutos, tudo estava escuro. Olhei em volta e o hospital havia sumido, alguns prédios também desapareciam. A cidade agora parecia totalmente nova e assustadora. Vaguei por muitos dias sem rumo, com fome e sede, ouvindo lamento de outros espíritos errantes que estavam na mesma situação que a minha.
De vez em quando, encontrava alguns espíritos caridosos pelo umbral, que pareciam caminhar de forma independente e sempre repartiam comigo os suprimentos que levavam consigo: alguns se denominavam magistas do caos, outros de tecelão do destino. Mas estes eram muito poucos pela imensidão da zona umbralina que se descortinava em minhas vistas cansadas.
Por quase quarenta anos terrenos – uma vez que a noção de tempo e espaço no plano espiritual é diferente - eu vaguei buscando ajuda, procurando consolo, procurando uma morada na qual eu me sentisse protegida contra alguns terrores que vagavam na noite. Vi locais perigosos, onde os magistas do caos me aconselhavam a não entrar - diziam que ali existiam instituições organizadas de crimes e assaltos, responsáveis por grande parte dos processos de obsessão nos encarnados na Terra.
"- Até aqui tem crime organizado, meu pai Oxalá!" - pensei alto... Meu pai Oxalá... Meu pai.... Oxalá! Sim, Oxalá! Claro! Como um gatilho há muito tempo tensionado que dispara de repente, surpresa, estupefata, recusava-me a acreditar que até o momento eu ainda não tinha recorrido aos meus Guias e Orixás que eu tanto amava para me livrarem destes tormentos do umbral! Como eu pude esquecer? Tudo era tão confuso aqui, a fé me faltava tanto aqui!
Imediatamente, ajoelhei-me, e, com todo coração, pedi ao meu senhor do Bonfim que me ajudasse, que meu poderoso pai Ogum me protegesse de todo mal, que mãe Oxum me recebesse no renascimento da nova vida espiritual, que Mãe Iemanjá curasse minhas feridas da Terra, que pai Xangô levasse em consideração em sua justiça a minha ignorância de bom coração, que Oxóssi e Ossain trouxessem os unguentos das matas fazendo parar de doer a dor que sentia... Pedi, pedi muito, com lágrimas nos olhos, apoiada em minhas pernas cansadas, pedi humilde e mansamente por socorro.
Eis que, imediatamente, ouvi atrás de mim um som metálico e eletrônico. Com muita dificuldade, me levantei e olhei para a direção do barulho: uma velhinha, arqueada, gordinha e negra, mais velhinha que eu ainda, vestindo uma roupinha humilde, usava sua bengalinha de madeira para fechar o portal que ela acabara de atravessar. Olhou para mim com carinho, como se me conhecesse desde meu nascimento, e, rindo discretamente, chamou meu nome.
- Cambinda! Até que enfim conseguimos chegar aqui! Sou aquela que você conhecia por Maria Redonda! Sou aquela que você chamava de sua mentora e preta-velha! Eu protegi você o tempo todo, cuidei de você, mas só agora tive a permissão de vir efetivamente lhe buscar. Estou vindo da cidade espiritual que você conhece por Aruanda, quero que venha comigo, há espaço para você recomeçar por lá!
Abracei com todo amor do meu coração aquela que foi minha mentora espiritual durante toda a minha vida, aquela amiga que me acalentou em seu colo enquanto eu adormecia chorando tantas noites, aquela amiga que, em toda manhã, eu servia café numa canequinha simples de metal e a imaginava ceiando comigo... E aceitei sua oferta. Iria com ela. Mais uma vez, com sua bengalinha - havia alguma tecnologia incrivelmente avançada dentro do que aparentava ser apenas a bengalinha de madeira - ela reabriu o portal, pegou-me pela mão e, juntas, chegamos em Aruanda.
Surpresa, vi abrir diante dos meus olhos uma maravilhosidade sem fim! Percebendo meu encanto, a Maria Redonda propôs que fizéssemos um passeio pela cidade, para que eu pudesse me ambientar. Era uma colônia iluminada, com pessoas felizes em meio aos animais e à natureza, mas ainda assim completamente avançada e tecnológica, cheia de dispositivos eletrônicos, comunicadores avançados, plataformas flutuantes, estabelecimentos repletos de máquinas. Árvores naturais e árvores tecnológicas entrelaçavam-se pelas ruas.
Um imenso palácio de formas curvadas feito de materiais que pareciam o metal, a madeira e o gesso da Terra estava no centro da cidade. Em volta, uma praça de espaços amplos, entrecortados por jardins de cores inexplicáveis e paredes feitas de vidro repletos de flores cibernéticas, que iluminavam a cidade de tons de arco-íris.
Eu estava diante da visão daquilo que me parecia uma África futurista, minimalista e totalmente tecnológica, que não lembrava em nada a tecnologia que eu conhecia da Terra, aquela da revolução industrial européia. Pela primeira vez via um desenvolvimento que se desprendia do eurocentrismo! Esta era de um tipo diferente, mais orgânica, elementos da natureza viravam robôs e de robôs voltavam a ser naturais, não parecia haver diferenciação entre o que era vivo e o que era construído artificialmente pela sabedoria daqueles que aqui em Aruanda moravam.
As pessoas usavam turbantes nas cabeças, símbolo de empoderamento, aqui feitos de tecidos-computadores, cujos circuitos, placas e dispositivos microscópicos eram permeados nas tramas do algodão, do linho. Usavam brincos que pareciam dispositivos de comunicação. As peles eram pintadas de uma forma que seria julgada como tribal e primitiva na Terra, mas cujas tintas possuíam propriedades eletromagnéticas que brilhavam à exposição do sol. Mais tarde, Maria Redonda me explicou que eram baterias de geração de energia para os dispositivos que eles carregavam de forma natural e espontânea.
O que testemunhei ao conhecer Aruanda foi uma colônia tecnológica, luminosa, colorida, viva, fruto do amor e da intensa alegria de cada pessoa que mora aqui. Crianças brincavam com os cavalos, dando nós em suas crinas, enquanto grupos de idosos alternavam suas rodas de canto com a pajelança dos mais jovens. Em todos os lugares haviam sorrisos, músicas, perfumes agradáveis e mesas comunitárias repletas de muita comida. E não eram sopas fluídicas, não, que eu sempre acreditei que seriam! Era comida de verdade, cheirosa, temperada, que dava água na boca.
Aqui, em Aruanda, por óbvio, não houve o atropelamento do colonialismo humano. O progresso e a ciência em prol do bem comum desenhava aos meus olhos um cenário que quase me fez perder os sentidos. Todas as pessoas aqui carregavam aparelhos em suas mãos, que lembravam os celulares terrenos, e que, segundo minha amiga Maria, informavam em tempo real as informações de todas as reencarnações das pessoas na Terra que aqueles espíritos ajudavam. Testemunhei, portanto, que era em Aruanda que moravam os guias que incorporavam nos médiuns na Umbanda nos terreiros, e era assim, pela tecnologia, que estes espíritos sabiam exatamente o que fazer para ajudar seus assistidos.
Após uma extensa caminhada, chegamos em uma área da colônia que parecia um distrito industrial, repleto do que pareciam ser imensas usinas de energia em pleno funcionamento.
- Cambinda, chegamos na parte mais importante de Aruanda.
- O que são essas fábricas, Maria? Parecem usinas...
- Estas usinas são imensas fontes de energias inteligentes que banham a Terra por meio de tubulações holográficas, banham a natureza da Terra e quem se conecta com elas. Vocês chamam estas construções de... Orixás! São, do ponto de vista de vocês - e vocês não estão errados – divindades. Creio mesmo que podemos chamar estas tecnologias todas de divindades. Tirando os véus da ilusão daquilo que parece místico e mágico de quando éramos encarnados, descobrimos que as divindades são intensas fontes de energia extremamente avançadas, cuja fonte verdadeira vem de uma esfera ainda mais avançada que a nossa aqui de Aruanda, extremamente antigas, construídas antes de nós existirmos, que o que vocês chamam de axé nada mais é que energia direcionada, aplicada por meio de tecnologia, e o que vocês chamam de deuses nada mais são do que tecnologias que superam todo o entendimento humano.
Antes que eu pudesse digerir esta descoberta, ainda boquiaberta, fui pega pela mão pela Maria e arrastada para um prédio espelhado e iluminado que ficava próximo dos Orixás.
- Cambinda, com o tempo você vai se acostumar com tudo. Prometo explicar cada coisa para você, tudo no seu tempo. No entanto, precisamos entender seu papel aqui, e, primeiramente, você precisa se curar. Tomar um bom banho, se alimentar adequadamente e receber nossos cuidados médicos. Ainda existe em seu perispírito partículas espirituais da doença que levou você a óbito. Ainda existe em você dor mental e grilhões espirituais que ligam você ao plano terreno. Após sua cura, este prédio em que estamos deverá ser visitado por você todos os dias. É uma instituição que lembra as universidades do plano terreno. Aqui, caso você concorde, poderá aprender a ser útil, assumindo uma profissão para trabalhar nos terreiros de Umbanda da Terra. Considerando a vida que teve e seu desencarne, creio que você poderia trabalhar também como uma preta-velha, como eu. Pensou? Preta-velha Vó Cambinda!
Foi assim que encarei meu processo de cura, para posteriormente ingressar na universidade dos guias de Umbanda. E foi assim que passei meus anos em Aruanda: curando-me dos males que minha última reencarnação havia me causado, estudando tudo sobre sobre ação e reação, sobre curas, sobre os sentimentos humanos, relembrando todas as encarnações nas quais eu vivi experiências significativas como psicóloga, médica, enfermeira, curandeira, boticária e feita de escrava no Brasil.
Relembrei ali tudo o que aprendi em várias outras reencarnações, todas as habilidades acumuladas em tanto tempo e que estavam embotadas pelos véus do esquecimento. E foi assim que pude sentir tanto amor pela humanidade que eu nem sabia que era possível de sentir no peito. Aprendi tudo sobre o trabalho que os guias desempenham no terreiro e como manipulava a tecnologia de incorporação. Eu havia decidido: era isto que eu queria, mais do que tudo, seguir os passos da minha mentora Maria Redonda. Trabalharia como preta-velha na Umbanda!
- Cambinda! Cambinda querida! Chegamos!
Encarei Maria de sobressalto. Tantas memórias dos últimos sessenta anos passaram pela minha cabeça que nem notei que já havíamos atravessado a zona umbralina e que já havíamos chegado em nosso destino na Terra. Olhei à minha volta e estávamos dentro do terreiro.
Tudo estava mais moderno e tecnológico. Havia quase cem pessoas sentadas em bancos esperando para serem atendidas, estas pessoas na assistência usavam uma espécie de óculos que pareciam pequenas telas de computador. Os mais jovens possuíam em suas peles pequenos implantes computacionais, ligados em fios intravenosos que iam diretamente para o cérebro. Um dispositivo imagético na parede mostrava a data do dia corrente: 25 de junho de 2080.
O trabalho espiritual do terreiro já havia se iniciado, a gira estava aberta, estavam saudando os Orixás e, a cada novo Orixá celebrado, eu via um novo tubo holográfico das imensas usinas de Aruanda se abria, banhando de energias o ambiente, destruindo toxinas, destruindo elos com obsessores, recarregando todas as pessoas que ali se encontravam, criando uma egrégora positiva para todos.
Começaram as cantigas - chamadas de pontos - que facilitariam, pela música, os ajustes para nossa incorporação. Cantavam louvores em homenagem aos pretos e pretas velhas. Eu estava tão nervosa, era a primeira vez que eu iria trabalhar, era meu primeiro dia de trabalho, era minha primeira incorporação. Todo meu preparo dos últimos anos, finalmente, tornaria-se prático e faria, afinal, sentido.
Cantaram três pontos para a Maria Redonda, assim, pude observar as fiações que saiam do perispírito dela e se conectavam ao aparelho para a incorporação. Ela já havia, portanto, começado seu expediente, abrindo o atendimento à assistência da casa, às pessoas que ali foram procurar auxílio.
De repente, ouvi que os pontos eram direcionados para mim. Cantavam meu nome. Minha primeira incorporação ia começar. Montei na aparelhagem que eu ia incorporar. Os fios saíram do meu perispírito e se conectaram aos do aparelho. Concentrações de luz acoplavam de forma firme os principais pontos dos nossos corpos físicos e astrais, nossas mãos, nossos pés, nossos centros energéticos de forças. Consegui abrir os olhos e me mover. Estava, afinal, acoplada.
Da forma como aprendi, peguei nas mãos uma pemba e a transformei em aparato tecnológico de Aruanda. Risquei no chão formas que se consolidavam como um circuito que me deixava completamente conectada às usinas de Omulu e Obaluaê, das doenças e das curas, minha especialidade. Chamavam na Terra estes circuitos de pontos riscados. Eu estava pronta para meu primeiro atendimento.
Qual não foi minha emoção quando vi, atônita, quem se aproximou para pedir auxílio! Parada em minha frente e de cabeça baixa, estava a minha amada neta, agora sessenta anos mais velhinha, cheia de esperança de que seria curada da doença que a acometia, por meio do trabalho da Preta-velha Vó Cambinda. Foi o presente que Maria Redonda e Aruanda me deram, a oportunidade de cuidar de novo da minha netinha por meio do meu trabalho.
Eu tive tanta vontade de chorar, de sentir o abraço caloroso dela, eu estava com tanta saudade! No entanto, eu não conseguia sentir seu toque: eu estava conectada a um ciborgue utilizado exclusivamente para o trabalho mediúnico no terreiro. Há muitos anos não se usavam mais médiuns humanos no processo de incorporação e os códigos binários dos robôs terrenos ainda não possuíam as habilidades afetivas que os humanos possuem. Não seria possível sentir de novo o toque suave da pele dela, o perfume da minha netinha... Agora, cibernética, envolta em meu turbilhão de amor, saudade e carinho, fiz a única e última coisa que podia fazer naquele momento para ajudá-la:
- Saravá Zifia! Salve suas forças! Zi que preta-velha zi pode ajudar você, Zifia?
Um conto para divagarmos e inquirirmos sobre o futuro da espiritualidade, da umbanda e do candomblé à luz do solarpunk, do lunarpunk, das possibilidades, daquilo que poderemos ter, em termos de trabalhos espirituais, com a junção da ciência com a vida dos nossos amados guardiões. Em como seria uma Aruanda totalmente tecnológica e não eurocêntrica, de como será o trabalho de incorporação no futuro, de como será o trabalho nos terreiros no futuro. Este texto não pretende ditar nada, é apenas um conto para digredirmos e dialogarmos com o que os caminhos do nosso mundo desdobram em nossa imaginação.
Texto com conteúdo autoral de Pierre Rinco. Todos os direitos reservados.
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Que conto lindo 😍