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    Lucas Amorim
    1 de Nov de 2017

    A Ilusão dos Sentidos

    0 comentários

    Algumas perguntas freqüentes assolam a mente do inquieto investigador das grandes verdades: “Será mesmo real isso que se apresenta diante de mim?” ou “Coincidirá com a verdade isso que meus sentidos conseguem perceber?”. Essas perturbadoras indagações têm motivado os mais nobres pensadores e os mais transcendentes espiritualistas.

    O Mito da caverna

    Platão, referência exponencial da filosofia, relatando o diálogo entre Sócrates e Glauco, em seu Mito da Caverna, talvez tenha sido aquele que procurou mais detalhadamente sobre a questão. Alegorizou-a nesse conto, no qual prisioneiros por gerações encarcerados em uma caverna, acorrentados e voltados para o fundo da mesma não viam mais que as sombras do mundo exterior projetadas na parede do fundo dessa prisão. Como não conheciam outra coisa, tomavam as sombras como realidade; a projeção dos objetos por eles próprios.

    Porém, não apenas ele o fez. Os hindus usam o termo Maya, que significa Ilusão, formas mentais que cedo ou tarde se dissiparão, para designar a esse mundo em que se vive.

    Por que grandes seres, grandes culturas, distantes em local e época, ainda que de maneiras diferentes, procuram passar essa mesma mensagem? Coincidência? O autêntico investigador não se satisfaria com essa resposta!

     

    O processo da visão, sentido que para a maioria das pessoas significaria aproximadamente 70% da forma de se perceber o mundo, realmente vale a pena ser analisado para ilustrar melhor a questão. Quando nosso olhar se volta para uma mesa, por exemplo, não poderíamos dizer que ela está dentro do nosso cérebro, mas sua imagem, sim, está.

    A Coisa em Si.

    Mas isso são apenas trivialidades para ilustrar e fazer entender o conceito de algo muito mais abrangente e mais prático que é o ponto central: o real para nós são as impressões que obtemos do mundo exterior. Citando Emanuel Kant, grande filósofo alemão: “A coisa em si ninguém vê”, já que não são as coisas que adentram nossa mente, mas sim as impressões delas.

    A vida de uma pessoa em si é uma sucessão de impressões, e não algo físico de tipo exclusivamente material, já que a realidade da vida são suas impressões. Portanto, se a vida chega até nós por meio de impressões, é aí que está a possibilidade de trabalhar sobre nós mesmos transformando nossa realidade para melhor.

    A transformação das Impressões

    Mas que interesse há em transformar as impressões que temos de uma mesa, como, por exemplo, a cor que ela se apresenta? Obviamente, esses são tipos de impressões  neutras que não demandariam muito esforço de nossa parte. Mas o que dizer das palavras de um insultador? Assim como no primeiro caso essas palavras não passam de impressões, mas essas sim seriam interessantes de serem transformadas, correto? Vejamos que as palavras são como são, não é o que pretendemos transformar e nem estaria ao nosso alcance. Mas as impressões que elas causam em nosso interior sim podemos transformar.

    Mas como fazê-lo? Por meio da compreensão. Nesse caso, percebendo que as palavras de um insultante não tem mais valor do que aquele dado pelo insultado, se este não lhes dá valor, tais palavras ficam como um cheque sem fundos. Uma máxima diz “Não somos mais porque nos elogiam nem menos porque nos vituperam”. Dessa forma nem as impressões advindas de críticas nem as de elogios deveriam nos abalar.

     

    Toda impressão nos causa algum tipo de reação e essas reações podem ser trabalhadas, mas esse já seria um segundo momento. Mais interessante seria que fossem trabalhadas e transformadas em algo melhor já na sua entrada, evitando assim reações de tipo negativo e suas nefastas conseqüências.

     

    É possível transformar ou digerir essas impressões conhecendo e manejando sabiamente o que em nós é capaz de fazê-lo:nosso aparato psíquico.

    Assim, no controle de nossos processos mentais poderíamos encaminhar as impressões de um insulto para o intelecto, e não para o emocional, transformando-as racionalmente em compreensão para com o insultador, se suas palavras não são verdadeiras, ou em agradecimento por nos alertar sobre um defeito que não havíamos percebido.

     

    A Gnosis estuda amplamente o desenvolvimento da Consciência e a influência e utilização da mesma para essa finalidade e outras mais. Onde se passa a educar os sentidos, perceber o real da vida, mais além do que as convenções de uma sociedade prisioneira convicta de seus sentidos limitados, e vislumbrando um mundo novo de sons e matizes, sabedoria, compreensão e regozijo da verdade, mais além da ilusão da mecânica rotineira.

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    • Vitor
      Jan 13

      Análise "O Esclarecimento de Kant"

      Kant buscou entender a razão da razão, em sua resposta sobre “o que seria o esclarecimento” ou em outras traduções “o que seria o iluminismo”, expressou bem a ideia da maioridade do homem. Em outras palavras a iluminação ou a libertação do homem do seu estado “infantil” seria pensar por si próprio sem o direcionamento de outro, e o seu obstáculo seria a preguiça e a covardia do homem. Menoridade essa que é auto imposta, considerando que a racionalidade é inerente a nós. O ser humano é intrinsecamente preguiçoso e procura meios para fugir do trabalho de pensar por si próprio, é mais fácil seguir um líder, uma ideia, uma tradição, sem muito questionamento. Por outro lado essa menoridade também pode ser dada pela ausência de conhecimento, de esclarecimento ou de crítica. Não é atoa que governos autoritários logo retiram a filosofia das escolas, pois é ela que trás a iluminação crítica ao ser humano. Portanto sem a filosofia se torna fácil manipular toda uma massa impensante. Kant afirma: “é tão confortável ser menor”, é fácil e confortável para o homem não precisar pensar por si próprio, já que dessa forma, caso erre, terá alguém para culpar. Talvez seja esse o problema, as pessoas sentem medo de errar, dessa forma não se arriscam, mas sem erro não aprendem a fazer o certo, o que cria um processo de servidão voluntária ao outro que pensa por mim. Damos a nossa autonomia a outro, um exemplo disso são livros de autoajuda, não somos capazes nos mesmos de pensar por nós o que é melhor para nós? Como por exemplo, na esfera religiosa, onde milhões de pessoas se curvam a uma interpretação do outro e a aceitam como verdade absoluta. Onde aceitam dogmas, sem questionar devidamente, e renegam até teorias evolutivas fundadas em lógica para preferir crer que fomos feitos do barro. É lamentável que o homem se curve e prive-se daquilo que o torna único, o pensar e a crítica. Os tutores desensinam claramente os seus pupilos a não andarem com as próprias pernas, afirmando que há terríveis perigos. E por medo não ousam atravessar a ponte entra a menoridade e a maioridade, um bom exemplo disso é a ideia de pecado. Onde se um pouco de lógica fosse levada a igreja, seria um ambiente muito mais saudável e não usada como instrumento de manipulação, como foi constantemente nos últimos séculos. Igreja que por si é contraditória, já que no significado da palavra é descrita como local de debate teológico, o que não acontece. Podemos casar a ideia de Kant com a de Nietzsche, quando Kant cita em relação que a menoridade auto imposta também pode ser cultural, como a moral religiosa que impregna nossa sociedade. É possível criar uma ponte no super-homem de Nietzsche, do qual superou a moral e criou a sua própria, e mesmo com a luz do conhecimento, entendendo a verdade ainda vê propósito em existir, no amor e no conhecimento. Ou até mesmo fazer um link com o discurso da servidão voluntaria, no qual é questionado como milhares de homens se curvam a um. Esses homens que se submetem a isso provavelmente estão acostumados a essa forma de autoridade, e por falta de conhecimento de outra não se revoltam perante essa atrocidade. Seria esse outro exemplo de uma menoridade auto imposta ou cultural. O individuo se torna incapaz de se movimentar contra a menoridade, incapacidade que é auto imposta pelo medo. Pode ser também interessante para um tutor que um gado fuja, e que ele capture, usando-o como exemplo para que os outros não façam o mesmo. Como por exemplo, na igreja, ondem enchem as fracas mente de medo de um lugar imaginário que denominam de inferno. Porém, se ninguém voltou de lá para contar se realmente é assim ou se realmente existe, como podes temer? É necessário que o se humano ouse, que se machuque, para que aprenda a andar por si próprios. Nenhum de nos nascemos andando, nos caímos muito até aprender. A maturidade do homem é o estado máximo da crítica e da reflexão, um estado no qual nos libertamos das amarras metafísicas e nos tornamos por completo nos mesmo. A partir disso encontramos quem somos, e talvez um propósito, como amar. Nietzsche afirma que somos camelos, carregando em nossas costas o peso das tradições, de medo de outro mundo supostamente infernal. Devemos nos tornar leões, nos revoltar contra todo esse nada por trás da sociedade, e futuramente nos tornarmos crianças. Em seu livro “Para além do bem e do mal” cita: “A maturidade do homem: isto significa ter reencontrado a seriedade que se tinha ao brincar quando era criança”. Devemos ser crianças, livres, com novos olhos, novas ideias e novos valores, e sempre questionando o porquê? Não é de interesse das camadas que estão no poder, seja religioso ou político que essa ideia de iluminação, renovação ou esclarecimento seja passada a nós. Também considero que a ideia de que todos os homens irão um dia atingir o esclarecimento é utópica, está na natureza do ser humano a preguiça e a covardia, buscamos sempre uma zona de conforto, uma base na qual não precisemos pensar muito. Por isso vos digo, rebele-se, para mim não há algo mais temível do que uma vida estática. Não se curve a outros humanos tão dormentes quanto você, liberte-se de si próprio, de suas autoimposições e reconstrua-se constantemente, a mudança é necessária.
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    • Alfredo BSampaio
      21 de Jun de 2018

      λέγω

      É lícito afirmar que o aprimoramento do uso das palavras, bem como do conhecimento de novas palavras e nomes, significados e simbolismos, histórias e sonoridades, seja uma das tramas do Fio de Ariadne, no Ocultismo e na Magia? Há itens associados a exercícios da leitura, escrita e oratória que podem sugerir, mesmo sob certo véu, que sim. Dentre eles: 1. existe um número indeterminado de singularidades existentes, conhecidas ou não; dentre elas, um número ainda expressivo possui NOME ou ainda pode ser expresso por intermédio da PALAVRA; 2. levando isto em consideração, podemos considerar que o número de conexões entre as palavras existentes é tremendamente grande; 3. as conexões entre essas palavras ocorre, no indivíduo, com mais riqueza quanto mais desenvolvidas forem as associações realizadas entre as quantidades de ‘peças’ que tiver; 4. quanto maior a quantidade de Palavras afins incorporadas e mais bem desenvolvida a qualidade de suas associações, melhor será expressar sentimentos e idéias; 5. para além da palavra nova aprendida, podemos dizer que não há meios de dizer como e quanto TODA a sua LINGUAGEM foi alterada; revoluções são possíveis; 6. desenvolvemo-nos por trocas com os meios, inclusive de informações, por intermédio da linguagem; 7. incrementando o vocabulário e as conexões / associações entre as palavras, suas possibilidades de interação se modificam e podem-se abrir portas para desenvolvimento de todas as suas capacidades associadas à linguagem e aos seus simbolismos; 8. todas as capacidades humanas são passíveis de evolução sem que haja limitações determinadas para tal; 9. existe um número indeterminado de singularidades existentes, conhecidas ou não; dentre elas, um número ainda expressivo possui NOME ou ainda pode ser expresso por intermédio da PALAVRA; sim, a repetição foi intencional; 10. eis como a evolução no conhecimento da PALAVRA e do NOME e o desenvolvimento de suas conexões com o trabalho triplo da LEITURA / ORATÓRIA / ESCRITA pode, mais do que um acúmulo de signos inúteis, enriquecer o espírito por intermédio da PALAVRA / LETRA / VERBO / RITMO / FREQUÊNCIA / VOCALIZAÇÃO, etc... num processo em que 'mestre' e 'discípulo' são máscaras frequentemente trocadas sem que nada além da Vontade de Saber tenha substância pra ser bússola.
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    • Lucas Amorim
      29 de Out de 2017

      Inspiração e Intuição

      A faculdade da inspiração permite-nos dialogar, frente a frente, com toda partícula de vida elemental. A faculdade da nossa inspiração permite que sintamos em nós mesmos o palpitar de cada coração. Voltemos novamente, por um momento, ao exercício de imaginação com a roseira. Se depois de tudo, se concluída a meditação no processo de nascer e morrer da roseira, desaparecidas a lenha, as pétalas, queremos ainda saber de mais alguma coisa, precisaremos da faculdade da inspiração. A planta nasceu, deu frutos, morreu e depois de tudo o que acontece? Necessitamos da inspiração para saber qual é o significado desse processo de nascer e morrer de todas as coisas. A faculdade da inspiração é ainda mais transcendental e necessita de um gasto maior de energia. Trata-se de deixar de lado o símbolo sobre o qual estivemos meditando (a roseira) para tratarmos então de capturarmos o seu significado interior. Para isso, precisa-se da faculdade emocional. O centro emocional vem, portanto, a valorizar o trabalho esotérico da meditação porque nos propicia a faculdade da inspiração. A seguir, inspirados, conheceremos o significado do nascer e do morrer de todas as coisas. Com a imaginação, podemos verificar a realidade da quarta vertical, porém a inspiração permitirá que apreendamos seu significado profundo. Por último, além da faculdade da imaginação e da inspiração, teremos de chegar às alturas da intuição. Assim, pois, imaginação, inspiração e intuição são os três degraus da Iniciação. A intuição é algo diferente. Voltemos ao exemplo da roseira. Indubitavelmente, com o processo da imaginação, durante o exercício esotérico transcendental, vimos diversos processos: vimos como a roseira cresceu, como floriu e por último como morreu e se converteu num monte de lenha. A inspiração permite que saibamos o significado de tudo isso, mas a intuição nos levará à realidade espiritual de tudo. Através dessa preciosa faculdade superlativa, entraremos num mundo de uma espiritualidade singular e nos encontraremos face a face com o elemental visto com a imaginação, o elemental da roseira. Ainda mais, nos encontraremos com a chispa virginal, com a mônada divina, com a suprema partícula divina da roseira. Entraremos num mundo onde estão os Elohim Criadores citados na Bíblia hebraica ou mosaica. Veremos a todas as hostes criadoras do Exército da Palavra, isto é, teremos achado o Demiurgo Criador do Universo. É a intuição que nos permite  conversar frente a frente com os Arcanjos, Tronos… e com isto já não será para nós, uma mera especulação ou crença, senão como uma realidade palpável, manifesta. A Intuição nos poderá permitir o acesso às regiões superiores do Universo e do Cosmo. Por meio da Intuição poderemos estudar Cosmogênese, Antropogênese etc. A intuição nos permitirá penetrar nos Templos da Fraternidade Universal Branca, nos Templos dos Elohim, Praja-patis,(PRAJA-PATIS) Kumarás ou Tronos. A Intuição nos permitirá conhecer a gênese do mundo. Com a Intuição poderemos assistir à própria Aurora da Criação; saber, não pelo que haja dito a alguém senão por via direta como surgiu este mundo do caos em que forma foi criado ou de que maneira surgiu dentro do concerto dos mundos. A Intuição nos permitirá saber em forma específica e direta o que não sabem os brilhantes intelectos da época. (Samael Aun Weor, livro Mente e Meditação)
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