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Como se defender de ataques e fugir da humilhação

Atualizado: 22 de out. de 2020


Conviver com pessoas não é fácil. Tem gente que sabe mesmo como nos deixar mal. Acabamos de conversar com alguém e já vem aquela sensação de tristeza e mal estar. Por quê? Porque certas pessoas nos sugam, funcionando como verdadeiras parasitas psíquicas. Às vezes, a grosseria, a agressão psicológica e/ou as constantes indiretas acabam com o nosso dia.

Também tem sempre o velho sabichão, aquele cara que precisa mostrar que conhece TUDO sobre absolutamente TUDO. Mesmo que ele não vivencie os mesmos problemas que você, ele sempre tem o dedo em riste, apontado para a sua cara. Ele precisa te dar os melhores conselhos, ele sabe tudo para "consertar a sua vida" e está sempre citando filósofos, livros, documentários famosos. Ele basicamente se porta como um guru da vida. É o que chamam de mansplaning:

Às vezes não sabemos o motivo, mas tem gente que quer pisar em nós a qualquer custo, seja nos agredindo verbalmente, nos silenciando. Fazem de tudo para:

1 - Acabar com a nossa imagem 2 - Liquidar nossa autoestima

3 - Calar a nossa boca 4 - Amenizar o que fazem se fazendo de vítimas

 

PALAVRAS SÃO JANELAS (OU SÃO PAREDES)

Sinto-me tão condenada por suas palavras, Tão julgada e dispensada. Antes de ir, preciso saber: Foi isso que você quis dizer? Antes que eu me levante em minha defesa, Antes que eu fale com mágoa ou medo, Antes que eu erga aquela muralha de palavras, Responda: eu realmente ouvi isso? Palavras são janelas ou são paredes. Elas nos condenam ou nos libertam. Quando eu falar e quando eu ouvir, Que a luz do amor brilhe através de mim. Há coisas que preciso dizer, Coisas que signzficam muito para mim. Se minhas palavras não forem claras, Você me ajudará a me libertar? Se pareci menosprezar você, Se você sentiu que não me importei, Tente escutar por entre as minhas palavras Os sentimentos que compartilhamos.

RUTH BEBERMEYER

 


O que fazer?

Levarei o livro "Como Se Defender de Ataques Verbais - Maneiras Inteligentes de Se Proteger de Palavras Agressivas" para a minha vida inteira. Eu geralmente tenho pavor de livros no estilo "autoajuda", mas este é genial. Leia a descrição da Saraiva:

Todos nós já fomos alvo de uma grosseria, das indiretas de um colega de trabalho ou das piadas de mau gosto de um amigo sem noção. Às vezes, um ataque verbal pode ser tão doloroso quanto uma agressão física. Diante de uma situação dessas, as pessoas costumam ter duas reações típicas: não conseguem articular uma boa resposta ou ficam nervosas e partem para a briga. No entanto, nenhuma dessas reações é saudável. Engolir a mágoa ou revidar são atitudes que consomem energia e dão ainda mais poder ao agressor. Como evitar que a falta de educação alheia estrague o seu dia? Inspirada no aikido - uma modalidade de arte marcial que tem como objetivo neutralizar o ataque e restabelecer a paz - Barbara Berckhan ensina técnicas simples, originais e divertidas para você reagir às agressões com inteligência, protegendo sua integridade, demonstrando sua força e inibindo um novo golpe. Com as dicas que encontrará aqui, você vai aprender a: Construir um escudo protetor para não deixar que palavras ferinas o abalem; Saber se impor, mantendo uma postura ereta e contato visual; Não perder o fio da meada diante de comentários sarcásticos, entre outros. Este livro lhe dará segurança para enfrentar situações desconfortáveis, seja na interação com estranhos, parentes, colegas de trabalho ou qualquer um que tente despejar seu mau humor em cima de você.

O livro ensina que os sinais de impotência nos fazem alvos fáceis para as pessoas grosseiras e que querem pisar em nós:

Quando você se rebaixa, convida os outros a pisoteá-lo. Quando aparenta ser uma ovelha indefesa, atrai lobos ferozes. Os agressores preferem enfrentar pessoas que ignoram seu próprio poder. Eles não saem por aí procurando briga, mas gostam de se sentir por cima. Para isso, procuram uma vítima fácil. Os agressores experientes identificam rapidamente uma vítima potencial porque ela emite sinais que são captados inconscientemente. [...]

OS SINAIS DA IMPOTÊNCIA

Vamos analisar esse conceito mais a fundo. As pessoas que emitem os sinais de vazio de poder: • Parecem tímidas. • Adotam uma postura ligeiramente inclinada, tanto em pé quanto sentadas. • Tendem a encolher os ombros. • Evitam o contato visual. • Sorriem muito, com a intenção de acalmar o interlocutor. • Ocupam pouco espaço, seus braços e pernas estão sempre grudados ao corpo. A falta de autoridade torna essas pessoas excessivamente flexíveis, o que deixa a defesa de seus direitos em segundo plano. As pessoas que padecem de vazio de poder também: • Não sabem estabelecer limites. • Fogem de conflitos. • Identificam-se com os outros e abandonam facilmente suas próprias metas. • Ficam presas no papel de pessoa amável, carinhosa e simpática. • Sentem-se culpadas quando se impõem e se recusam a acatar alguma ordem. • Têm dificuldade de romper relações com pessoas desrespeitosas ou violentas.

As típicas vítimas potenciais se desculpam com muita frequência, dizendo repetidamente frases como “Perdoe-me por insistir”, “Sinto muito, mas não quero comprar”, “Desculpe, mas não penso da mesma maneira”. Além disso, costumam se rebaixar e não valorizam a si mesmas, o que se torna claro em comentários como “Provavelmente estou aborrecendo você, mas ainda restam alguns pontos a esclarecer”, “Não entendo nada desse assunto, mas gostaria de...”, “Sei que não passo de um funcionário insignificante, mas acho...”, “Sou uma simples dona de casa”. Seus pontos de vista em geral são enfraquecidos por expressões como “talvez”, “na verdade”, “de alguma forma”, “eventualmente”: “Na verdade, gostaria de falar com você”, “Talvez esse assunto possa ser resolvido de outra forma”, “Pode ser que eu esteja enganado, mas não havíamos tomado outra decisão?”.

Por isso, é importante fortalecer a autoestima. Muitas vezes nos confundimos, começamos a acreditar que somos o que os outros dizem a nosso respeito. Se não estamos nos padrões de beleza e nos chamam de "feias", "baleias" etc, acabamos colocamos tais características como se fossem verdade!

Inclusive saiu uma matéria do Brasil Post afirmando que a vergonha do corpo pode estar deixando as mulheres fisicamente doentes.

Com toda a pressão para as mulheres parecerem esticadas, magras e eternamente jovens, a autoobjetificação infelizmente é a regra nos dias de hoje. Os pesquisadores começam a acreditar que o autojulgamento não afeta só nosso estado mental – a vergonha do corpo pode nos deixar fisicamente doentes.

A ideia é que os padrões estritos de beleza – que contribuem para a vergonha do corpo – muitas vezes fazem as mulheres se sentirem mal a respeito de suas funções corporais (como menstruação e suor). Isso pode fazer as mulheres tentar esconder essas funções, o que por sua vez pode causar problemas de saúde.

Leia mais sobre esta matéria do Brasil Post clicando aqui.

Mas então como melhorar a autoestima? O que me ajuda é:

Participar de grupos com interesses parecidos. As redes sociais ajudam neste sentido. Desde que eu me afaste de tretas e discussões sem sentido, que só me fazem perder tempo, eu participo de vários grupos. Neles, encontro pessoas com ideais parecidos. No dia-a-dia somos obrigadas a conviver com pessoas com um pensamento muito distante do nosso. Encontrar a "tribo" online é o ideal.

Me vestir como eu gosto. Muita gente se "poda" na hora de escolher a roupa. Tem dias que eu pego a primeira coisa que vejo no armário. Tem dia que me sinto alternativa, tem dia que me sinto fofa. Eu não me apego a nenhum estilo que acham que eu deveria ter. Simplesmente aprendi a usar o que eu curto.

Ouvir outras pessoas. Outras pessoas sofrem diariamente como nós. Ouvi-las é o passo para saber que não estamos sós.

Enfim, no dia em que você estiver bem, faça um trato consigo mesma e pergunte: o que fiz de diferente hoje para me sentir melhor? E tente usar isso no dia-a-dia.

O livro da Barbara Berckhan ensina que NÃO ADIANTA TREINAR. Estamos acostumadas a assistir a filmes que os personagens têm sempre uma resposta perfeita que acaba com o oponente. Contudo, nos esquecemos que são roteiros fabricados, geralmente feitos por um ou mais escritor que quer atingir algum objetivo específico na cena. Não da para treinar porque você não tem como prever a reação dela. Ela pode ser super grossa, ela pode virar o jogo e se fazer de vítima te fazendo se sentir culpada e achar que o erro está em você.

Então, o livro ensina algumas técnicas, como a seguinte:

O elogio

O objetivo: Colocar seu adversário em xeque-mate, admirando e o elogiando exageradamente.

O ataque: ”Sendo assim tão sensível, você nunca vai alcançar o sucesso.

”O elogio: ”Admiro profundamente seu conhecimento e sua sabedoria.” ou ”você me impressiona mais a cada dia.” ou ” Obrigado por seu conselho maravilhoso.”

Depois de ler tal livro e outros parecidos, pensei em algo como a técnica de desestabilização do oponente. Ela é excelente porque é não violenta, é pacífica e a pessoa não está esperando por ela.

Você pode escolher uma ou mais das situações dependendo do dia:

1 - Ande com um bloco e anote tudo o que ela fala com uma cara de descaso. Isso deixa elas atordoadas, porque elas não sabem o que você está escrevendo. 2 - Grave o que ela fala. Você vai se sentir mais segura reunindo "provas" da atitude dela. 3 - Quando ela falar alguma merda, você responde com algum ditado popular, tipo, ela diz: "você é muito sonsa". Você pode responder: "Como diria a minha mãe, é mais fácil atrair moscas com mel". Ou "batatinha quando nasce esparra pelo chão". 4 - Se ela falar algo muito grave que abale sua estrutura, você pode piscar para ela. Sério, piscar para alguém que te ofende deixa a pessoa maluca. 5 - Você pode ainda mandar um beijo para ela (mesmo motivo do piscar). 6 - Você pode olhar surpresa para algo atrás dela, como se tivesse alguém atrás, colocar a mão como surpresa e ir embora. 7 - Se ela cuspir a sua comida, você pode: bater palmas, rir, entregar um pano para ela se limpar.

No início vai ser difícil, mas você pode começar com as técnicas não verbais que a pessoa não espera. O importante é fortalecer a autoestima. Como diz a Barbara:

A autodefesa começa sempre com uma declaração de independência: não vou permitir que meu estado de ânimo dependa dos outros. Sempre que nosso humor e nossos sentimentos são afetados pela maneira como as pessoas nos tratam, ficamos presos como peixes em um anzol. No momento em que puxam a linha, começamos a nos agitar. Se não conseguirmos manter a calma e a cabeça fria, não seremos capazes de nos defender de forma eficaz. Devemos usar nossa força interior para resistir à influência dos demais. Precisamos criar um escudo interno, uma proteção antichoque, para que não levemos a sério a atitude dos outros.

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