Varinhas mágicas: para que servem?

Este post é para você, iniciante na Magia, que ainda não sabe a respeito dos artefatos básicos do altar bruxesco. Saiba mais a respeito de um dos itens mais icônicos da bruxaria: a varinha!
Poucos itens mágicos são tão icônicos quanto a varinha mágica na mão de uma bruxa. Trago aqui algumas informações sobre as varinhas mágicas, esse distinto item, também conhecido como bastão ou vareta mágica, geralmente associado ao elemento fogo/masculino/energia ativa, que nesse sentido elemental de “falo mágico” deve ser interpretado a luz do naipe de paus as cartas do tarô, que por vezes tem o mesmo sentido: a autoridade, o poder e a transformação: por isso é instrumento tão poderoso nas mãos de um bruxo, e talvez o artefato mais antigo já criado por um humano como arma e símbolo de sua força, maestria, autoridade, poder, inteligência e mesmo, ousadia, representando também a luz e a própria transformação do fogo em si. Na tradição Alexandrina as varinhas representam o ar.
Alguns bruxos usam a varinha para casos específicos enquanto outros as usam para quase tudo, e também se diferenciam na quantidade e finalidade: alguns bruxos têm mais de uma, um conjunto na verdade, com varinhas diferentes usadas para casos específicos.
A autoridade de a varinha representa é tão intrínseca com o subconsciente humano que não por acaso ela também é símbolo (também ferramenta) importante de autoridade em cerimônia governamentais, paradas, eventos eclesiásticos, orquestras, druidismo, wicca, mitologia, literatura, e é claro a realeza, com os cetros. Fato interessante é que as conhecidas batutas de maestro, no passado eram cajados. Subentende-se que na maioria dos casos, a varinha tem o mesmo efeito de cajado.
Varinha, ficção e realidade
Nos dias de hoje é praticamente impossível não conhecer ao menos uma história seja de contos de fadas, como de filmes onde um dos personagens ostenta um desses poderosos artefatos para as mais variadas formas de encantamento ou invocação, onde através de sua mágica ele causa a transformação da realidade.
Fadas madrinhas, bruxas, magos e feiticeiros, sejam em contos ou filmes as possuem, como na saga Harry Poter, Willow na terra da magia, Aprendiz de feiticeiro, Cinderela, e tantos outros. Um fato curioso envolvendo a fronteira entre a ficção e a realidade, aconteceu recentemente com um dos fabricantes oficiais de varinhas para fãs da saga Harry Poter, onde ele, por ser constantemente procurado por bruxos reais, passou a se negar a produzi-las para os fãs da saga, causado a intervenção da própria J.K., criadora do personagem.
A varinha e sua fabricação Côvado uma medida muito mencionada na bíblia é a medida que vai do cotovelo a ponta do dedo médio, sendo está também usada como referencia para a medida da varinha, apesar de hoje em dia, haver quem adote outros princípios mais pessoais para as medidas das varinhas. É aconselhado em muitos compêndios, que se dê preferencias a galhos já caídos e achados do que os retirado de arvores vivas, e que em ambos os casos se deve ser grato em verdade à natureza e as arvores pelo artefato.
Originalmente, ainda segundo relatos, era preferido os galhos de salgueiro ou zimbro para sua confecção, porém hoje em dia é comum o uso de outras madeiras. Também eram feitas de metais como a prata ou cobre, e de fato é comum se encontrar um modelo que consiste em um bastão de cobre com um cristal numa das pontas e empunhadura envolta em couro.
Muitos se divertem e muito criando suas próprias varinhas, outros preferem comprá-las, ou requisitar que amigos artesãos as façam, por não estarem acostumados a trabalhar com artesanato. O fato é que como dito antes o uso varia um pouco de pessoa para pessoa: alguns a usam para quase tudo, enquanto outros para casos muito específicos, e produzir sua própria varinha é um esforço que vale muito a pena ser tentado.
A lógica do funcionamento
A varinha é um concentrador e direcionador de energia, logo sua lógica é por vezes semelhante a de um “funil” ou “vara de pesca” energética, e mesmo “giz”, como nos casos de banimento. A analogia escolhida aqui tem o intuito de explicar da forma mais simples possível ao leigo, como a energia seria (no caso do funil) equiparada a água, que em feixes finos não possui tanta força de ação, mas se agrupadas através de um funil, se torna uma coluna mais densa de forte.
Nos banimentos de pentagramas onde se desenham os pentagramas (ou outros símbolos) ela a logica do “giz” por assim dizer, e para os efeitos de arrastar energias, eventos, ideias ou qualquer outra coisa seria a da “vara de pesca”... Claro esses são apenas três básicas, dentre milhares, apenas para exemplificar para o leitor a versatilidade do artefato.
Finalizo o texto deixando uma pequena lista das inúmeras coisas possíveis através de uma varinha mágica:
• Encantar amuletos, talismãs, livros, roupas, poções e pessoas
• Conjurar feitiços em objetos, lugares e pessoas
• Traçar círculos de proteção
• Abençoar
• Banir
• Simbolizar autoridade
• Invocar
• Abrir portais em planos variados, etc.
Além desses usos existem muitos outros que dependem apenas da criatividade e ousadia do bruxo. Boa sorte na grande arte e respeitem a natureza!