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A Bolha Octarina


Olá, bem vindos! Estou iniciando uma série de contos chamada Contos Octarinos, um hipersigilo mesclando ocultismo e ficção. É um tour pelas cores da magia do caos, segundo sistematização de Peter J. Caroll. Aqui eu trago minhas elaborações pessoais a respeito desse estudo ao longo da trama. É a minha visão, que você pode ou não se identificar e adaptar às suas práticas, faça o que for melhor pra você. Se você quer entender mais sobre o assunto recomendo os textos e livros da Penumbra Livros, o link está ao final dos textos. Espero que gostem!!

Eu estava completamente absorta nas belas artes quando minha vida mudou. Tudo começou com uma bolha de cor Octarina pairando em minha frente. Você pode estar se perguntando que bruxaria de cor é essa, eu entendo. Se você lida com artes mágicas provavelmente já sabe... A questão é que não posso lhe definir o que é essa cor pois cada praticante de magia percebe-a de seu próprio modo. Se você não pratica magia, tá aí um bom motivo pra começar a praticar! O que posso lhe dizer é que ela é a cor da Magia Pura! Aquela que representa a magia para você, por isso é estritamente pessoal. Recebe este nome, "Octarina", por ser reconhecida como a oitava cor do espectro, segundo o inventor do termo.

"Ok, nunca vi nem ouvi falar, muito menos sobre você, que crédito eu deveria lhe dar?"

Nenhum! Ora, ninguém me deve nada porque se devesse eu estaria cobrando e não contando histórias! Agora, se o que você quer é uma prova, recomendo que procure por "The Colour of Magic (A Cor da Magia)" do autor Terry Pratchett e descubra por si só. Deixe eu me apresentar antes de mais nada: Sou Maryê Correia, bruxa sabe-se lá há quantas encarnações. Meu primeiro contato com magia veio antes mesmo de eu nascer, mas isso é história pra outra hora. Por ora quero apenas ser cordial com você que me lê e logo me ouvirá também, assim espero! Onde eu estava?

A Bolha:

Ela flutuava leve como o ar, mas sua película era altamente resistente, percebi que não se rompia com facilidade, se é que se rompia. Não percebi quanto tempo havia se passado naquele transe até que me senti sendo abduzida para dentro da bolha. Fui parar numa espécie de templo decorado com luzes nas minhas cores favoritas.

No dispositivo abaixo você pode ouvir a mesma música que eu ouvi ao ser abduzida para este lugar magnífico.


Caminhei até encontrar uma sala toda decorada com cristais de ametista. Que ambiente mais lindo!! Ao centro constava um majestoso altar e mais à frente havia outra sala com portas de vidro fumê. No altar havia um sigilo desenhado e logo abaixo o que pareciam instruções: "Cante para mim". Eu cantei mais por amor à Melodia Marina que por obediência. #rebelde

Tomei um susto quando ouvi outra voz além da minha, vindo de alto falantes estrategicamente posicionados em cada canto da sala para causar um estado hipnomágico. A música continuava tocando ao fundo.

- As cidades estão despertando! Devo despertar também e fazer conforme fui ordenado! - uma voz masculina extremamente envolvente pronunciou estas palavras.

Pelo visto além da cor, Octarina se manifestava também no som. Eu nunca havia escutado aquele timbre de voz, aquela nota surreal... Imagina a revolução musical que eu faria se revelasse a oitava nota musical, que eu chamei de Có! No entanto, decidi que farei alguns experimentos antes de trazer isso à tona, se eu trouxer. Minha descoberta, minhas regras! Você sempre poderá descobrir à sua própria maneira, aventure-se!

Diante disso tudo ainda tentei me lembrar quando foi que me descuidei e fiquei louca, mas não descobri. Eu estava acostumada com loucuras, mas essa estava um pouquinho além. Eu sequer estava dormindo pra dizer que foi sonho ou projeção astral. Sim, me belisquei e tentei esticar os dedos pra comprovar.

Então, a gigante porta de vidro fumê se abriu e ele surgiu envolto em um manto branco desse jeito:

Já chegou dizendo pra eu não me assustar, que ele apenas não estava pronto para mostrar sua verdadeira forma, pois seu corpo ainda tinha partes adormecidas. Também disse que não queria ficar parecendo um "fantasminha ridículo" e por isso iria ficar invisível a partir de então, mas que eu poderia ver o brilho da sua lamparina para identificá-lo.

Se apresentou como "O."pois não lembrava o resto de seu nome. Segundo ele, sua certidão de nascimento estava guardada numa sala trancada que só iria se abrir ao fim do despertar, seja lá o que fosse isso, porque ele não me explicou. Argumentou que na prática seria bem mais fácil compreender tudo o que estava acontecendo, mas que isso teria que ficar para outro dia pois ele precisava preparar algumas coisas. Me entregou um cristal vermelho embalado num saquinho transparente e alertou que eu só poderia abrir numa terça feira. Por fim, ele pediu que eu criasse um espaço aqui no mundo físico e desse o nome de: "Dimensão Octarina". Eu pensei em questionar, mas lembrei que era dia de pizza lá em casa então apenas concordei.

O chão se abriu e eu escorreguei de volta para a vida real. Pelo resto do dia eu só consegui me perguntar:

"Como ele sabia de tudo aquilo e mesmo assim não lembrava seu próprio nome?"

 

Continuação ao longo dos próximos dias! Sentiu a inspiração? Escreva sua própria história em nosso fórum sobre ficção aqui Alguns trechos foram inspirados do texto sobre magia octarina da Penumbra Livros, leia completo

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