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BANIMENTOS E HIGIENIZAÇÃO MÁGICA

Atualmente temos muitas dúvidas em torno do banimento, tanto num sentido de sua necessidade antes de um trabalho mágico de qualquer espécie, quanto sobre qual banimento utilizar e como realizá-lo e por aí afora.

Se procurarmos uma definição veremos que banimento é:

“O ato ou o efeito de banir, expulsão”.

Procurando em dicionários online, vemos que o termo tem uma aplicação até mesmo jurídica, onde se trata de uma pena imposta para alguém deixar o país e não retornar a ele enquanto durar a pena.

Mas por que estamos falando disso? Falamos disso porque é importante sabermos o significado de um termo antes de qualquer coisa. O nome de algo carrega uma energia, poder ou essência (falaremos do poder dos nomes futuramente).

Em nosso cotidiano, somos influenciados mental e emocionalmente todo o tempo, influências estas que muitas vezes sequer percebemos.

Veja, por exemplo, o poder das propagandas: se não percebemos, geralmente, como somos influenciados por algo tão óbvio (ou nem tanto, rs), o que podemos dizer das influências mais sutis?

Realizar um banimento não se trata somente da expulsão de entidades hostis, mas de diversas espécies de negatividades e energias desestabilizadoras que circulam no ambiente onde você está.

As influências sutis que nos rodeiam tem muitas vezes um jeito meio perverso de se prolongar em um ambiente. Mesmo pessoas pouco sensitivas se sentem pouco confortáveis em estar em um local onde houve algum acontecimento violento ou desagradável (em relação à isso, temos as memórias de parede e memórias psíquicas e celulares, que serão explicadas em outros posts).

Um banimento bem feito vai assegurar à você que não haverá distrações nas suas experiências psíquicas, sessões de treino e rituais.

Quando trabalhamos magicamente, temos uma combinação de uso de armas talismânicas, de gestos, sigilos, invocações e evocações, trabalho com sonhos etc. Um bom banimento vai garantir a você:

  • Preparo mais rápido para a concentração mágica;

  • Habilidade em resistir à possíveis obsessões que possam ocorrer durante experiências oníricas ou sigilos que decidam adquirir consciência;

  • Proteção contra influências hostis que possam tentar atacar o magista.

O banimento não é um ato aleatório e engessado, ele é o início e o fim para os seus trabalhos, através do qual você fará a higiene mental necessária que te colocará no estado propício para o que fará em seguida. Trará a separação de espaço necessária para que os atos mágicos aconteçam.

O poder do banimento vai muito além de uma sequência de atos gestos, entoação de nomes ou o que mais que seja feito. Ele baseia-se no poder da sua mente. Sendo assim, você pode usar um dos muitos banimentos já existentes ou até mesmo criar o seu, porque o que importa é ele funcionar para você.

Eu sugiro que experimente, teste quantas vezes for preciso. Magia traz muitas possibilidades e como mago ou bruxo (ou como você queira se denominar) é importante experimentar, testar as possibilidades e exauri-las (nesse sentido eu entendo magia como a ciência de algo, definição presente em diversas tentativas de trazer luz ao que magia significa). E a partir daí, se for de sua vontade, criar algo novo e único.

É interessante associar esse ato de limpeza e purificação que vem do ato de banir com o epíteto de Hekate denominado ‘borborophorba’, que significa a ‘comedora de sujeira’ (mais sobre isso será falado futuramente).

Faça banimentos antes e depois dos seus rituais, treinos ou experiências mágicas. Faça banimento pelo banimento mesmo (como parte de sua prática diária).

Esse será o primeiro de diversos posts cujo objetivo será falar sobre as diversas formas de banimento conhecidas e suas estruturas.

Evoé!



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