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Como celebrar a Páscoa segundo o Sistema Specular

As origens pagãs da celebração da Páscoa são amplamente discutidas por historiadores e estudiosos da religião. Acredita-se que a celebração tenha raízes na festa pagã da primavera, que comemorava o renascimento da natureza após o inverno. Durante essa festa, era comum o uso de ovos e coelhos como símbolos de fertilidade e renascimento.


Muitas tradições e símbolos da Páscoa têm origens diversas em diferentes culturas e épocas. Além disso, algumas tradições evoluíram ao longo do tempo, misturando elementos de diferentes origens.


Origens da Páscoa


Acredita-se que a Páscoa tenha começado como uma celebração da primavera pelos povos pagãos europeus. Na Europa antiga, a primavera era um momento de renovação e renascimento, e muitas culturas realizavam festivais para celebrar o início da estação. Esses festivais eram muitas vezes realizados em honra à deusa da primavera, Eostre, que é considerada a fonte do nome "Easter" em inglês.


Com a disseminação do cristianismo, a celebração da Páscoa foi adaptada e incorporada à tradição cristã. Acredita-se que a Páscoa tenha sido estabelecida como uma celebração cristã no século IV, durante o reinado do imperador romano Constantino.


Desde então, a Páscoa se tornou uma celebração importante para os cristãos em todo o mundo, com diferentes tradições e rituais associados a ela. Apesar disso, muitos elementos das celebrações pagãs da primavera, como ovos e coelhos, ainda estão presentes nas tradições modernas da Páscoa.


A conexão entre ovos e coelhos


Embora possa parecer um tanto estranha, a conexão entre coelhos e ovos de Páscoa é bastante antiga e tem raízes em tradições pagãs. De fato, na cultura popular, o coelho é frequentemente associado à fertilidade e ao renascimento, assim como a Páscoa. Além disso, há também a crença de que o coelho é um animal que traz sorte e prosperidade.


Sobre a relação entre coelhos e ovos de Páscoa, essa tradição parece ter origens germânicas. Na mitologia germânica, a deusa da primavera, Eostre, era associada a coelhos e ovos. Essa associação foi incorporada às celebrações cristãs da Páscoa e se espalhou pelo mundo.


A tradição de presentear ovos durante a Páscoa remonta à época dos antigos persas e egípcios, que celebravam a chegada da primavera com ovos coloridos e decorados. Com o tempo, a tradição foi adotada pelos cristãos e transformada em um símbolo da ressurreição de Jesus Cristo, representando o renascimento e a vida nova.


Assim, a combinação de coelhos e ovos de chocolate na Páscoa pode ser vista como uma fusão de tradições e símbolos diferentes, representando fertilidade, renascimento, sorte e prosperidade. O coelho pode não botar ovos, mas ainda assim está associado a esse símbolo tão presente na Páscoa.


A mitologia de Ostara


Ostara é uma deusa da primavera na mitologia germânica, também conhecida como Eostre ou Eastre. Ela é associada ao renascimento, ao renovo da natureza, à fertilidade e à luz crescente. Ostara é frequentemente associada à celebração da Páscoa, que ocorre no equinócio da primavera.


Segundo a mitologia, Ostara era a deusa da primavera e do renascimento. Ela governava o ciclo da vida, morte e renascimento da natureza e era associada a símbolos como flores, ovos e coelhos. Ostara tinha um pássaro que se transformava em uma lebre, que simbolizava a renovação e a fertilidade.


A deusa Ostara era muito respeitada pelos antigos povos germânicos e era frequentemente honrada com rituais e oferendas. Uma das lendas mais conhecidas sobre Ostara é a história da lebre que pôs ovos. Segundo a lenda, a lebre se transformou em um pássaro e voou para a lua. Quando voltou, ela deixou ovos como presente para Ostara.


Com o tempo, a figura da lebre e dos ovos tornaram-se associados à celebração da Páscoaa. Hoje em dia, muitas pessoas ainda honram Ostara e os símbolos associados a ela durante a celebração da Páscoa.


Celebrando de acordo com a Specula


A Páscoa é uma celebração que simboliza a renovação e a fertilidade. Também é um momento para celebrar a chegada da primavera no hemisfério norte. No entanto, para aqueles que seguem o Sistema Specular, há outras maneiras de celebrar essa data, levando em consideração a simbologia do coelho, o chocolate e o fato de que estamos no outono aqui na Austrália (ou no Brasil)


O coelho é um símbolo importante da Páscoa, representando a fertilidade e a renovação da vida. No Sistema Specular, podemos usar o coelho como um símbolo para atrair energia positiva para a nossa vida e renovar nossa energia vital. Podemos criar um altar com imagens de coelhos, velas coloridas e pedras que representem a energia da renovação. Além disso, podemos meditar sobre a simbologia do coelho e visualizar a renovação acontecendo em nossa vida.


O chocolate é um alimento tradicional da Páscoa e, no Sistema Specular, pode ser usado como uma representação da energia doce e prazerosa da vida. Podemos desfrutar de chocolate como um símbolo de gratidão pelas coisas boas da vida. Além disso, podemos criar um ritual de gratidão, em que expressamos nossa gratidão pelas coisas que temos em nossas vidas e visualizamos mais coisas boas chegando até nós.


Já que estamos no outono aqui na Austrália, podemos combinar as energias do outono com a celebração da Páscoa. O outono é um momento de colheita, quando as plantas e frutos estão amadurecendo e prontos para serem colhidos. Podemos usar essa energia de colheita em nossas celebrações da Páscoa, agradecendo pelas bênçãos que recebemos em nossas vidas e visualizando uma colheita abundante em nosso futuro.


Mesclando Mabon e Páscoa


Mabon e Páscoa são celebrações diferentes com origens e significados diferentes. Mabon é um dos festivais pagãos que marca o equinócio de outono, enquanto a Páscoa é uma celebração que marca a renovação. No entanto, é possível encontrar pontos em comum entre as duas celebrações e mesclá-las em uma celebração única que honre os ciclos da natureza e a espiritualidade.


Uma forma de mesclar Mabon e Páscoa é celebrar a renovação da vida e agradecer pelas colheitas do outono. Na tradição pagã, Mabon é um momento de gratidão pelas colheitas e pela abundância da natureza. Já a Páscoa simboliza a renovação da vida e a esperança de uma nova era.


Para mesclar essas celebrações, é possível realizar um ritual de agradecimento pelas colheitas e pela abundância da natureza durante o outono, ao mesmo tempo em que se celebra a renovação da vida. Uma maneira de fazer isso é decorar ovos de Páscoa com símbolos da colheita, como grãos de trigo, folhas de outono, frutas e vegetais.


Além disso, pode-se criar um altar que inclua elementos que representem tanto Mabon quanto a Páscoa. Por exemplo, pode-se colocar um pão de trigo, símbolo da colheita, junto com ovos decorados e coelhos espalhados pela mesa. Também é possível incluir velas em tons de outono e de cores brilhantes, como verde, amarelo e laranja, que representam a natureza e a renovação da vida.


Por fim, pode-se celebrar a união da espiritualidade e da natureza através de uma refeição que inclua pratos tradicionais de outono, como abóbora, batata-doce, maçãs e uvas, juntamente com pratos de Páscoa, como pão, ovos e chocolates. Dessa forma, mesclando Mabon e Páscoa, pode-se honrar tanto os ciclos da natureza quanto a espiritualidade, criando uma celebração única e significativa.


(Photo by Monika Grabkowska on Unsplash)

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