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Willians Banhara
22 de abr. de 2020
In Randonautas
Quinta-feira de uma lua minguante quase não visível no céu, não sabia como usar o aplicativo, era novo, ignorante naquele assunto, mesmo assim quis eu me aventurar. Nada anotei, nada coloquei como intento, só fui e esperei o que aquilo poderia dar. Cheguei em uma casa, não tão longe do meu apartamento. Fiquei curioso, por mais que sempre havia visto esse lugar e sempre achei tão linda, por que me levaria ali? Não deu um minuto e saí de lá, fui a praça que ficava na esquina. Eram 18:57, não queria voltar para casa ainda, então fiz o que 4 pessoas faziam ali naquele espaço, fui caminhar. 19:30, depois de pouco mais de 30 minutos correndo e andando, liguei o aplicativo de novo, novamente não me importei com dados, só queria seguir outro caminho para entender o que o aplicativo era, ele me levou a duas quadras para baixo da praça, uma república, onde um cara esperava seu amigo abrir o portão, só ouvi um "esperou muito tempo aí?", não era comigo, mas parecia que sim. Segui meu rumo para casa. Na verdade, foi aqui que me senti perdido. Não sigo cronograma, mas tenho hábitos eu dificilmente ignoro, como dormir cedo, assim que acordar tomar um banho, fazer almoço, não querer lavar a louça, assistir filme, etc. Nessa noite, algo começou a atiçar minha curiosidade, minha mente estava ativa, mesmo estando já na cama esperando o sono me apagar (o sono se fazia presente, mas não conseguia dormir). Das 20:00 às 21:00 me virei na cama diversas vezes, até que enfim peguei meu celular para, simplesmente, fuçar. As horas passaram, 22:00, 23:00 e, enfim, coloquei o celular de lado e consegui cair no sono. Sonhei com algumas coisas, mas nada de me lembrar de pelo menos uma coisa do sonho, o que não era normal para mim, que sonho até demais e sempre acordo lembrando nitidamente desses sonhos. Relevei, "é normal" coloquei na minha mente. Na dia seguinte, não abri o aplicativo, mas criei um cronograma imenso de estudos, algo que sempre tentei fazer, mas só tive dificuldade. Mesmo criando esse calendário de estudos, fiquei sem entender essa enorme e repentina vontade de estudar, não curso nada, não estava focando em nada futuramente, não tendo pretensões de estudo, mas me veio algo que nunca tinha sequer colocado na minha mente: passar em um concurso de policial militar. Entrei no site, peguei os conteúdos e estudei. A sexta foi assim durante todo o dia, mas, na noite, a mesma sensação de sono e não conseguir dormir. Estava começando a me incomodar, onde isso se encaixava? Enfim, depois das 23:00 consegui apagar novamente. Finalmente, sábado. Estava mais organizado, mais focado, coisa que sempre tentei mudar, mas nunca consegui. Estudei, segui cada passo daquele cronograma, fiz exercícios e acertei quase todas as questões. 18:30 e quis ir a praça fazer mais exercícios, foi o que fiz. Caminhadas e corridas, fui até o pequeno parquinho que tem próprios para exercícios físicos voltado a terceira idade, lá tem uma espécie de quadro, sem nada, apenas várias astes de ferro, foi ali que tentei levantar meu próprio peso... Não deu muito certo. Contei 3 e já não aguentava, afinal, quando foi a última vez que havia feito aquilo? Fiquei uma hora naquela praça, a hora tinha voado, mas pensei que não seria mal eu caminhar com o aplicativo. O abri, duas quadras para baixo, mesmo caminho que havia feito no dia anterior, mas não o mesmo local. Desci, rua de paralelepípedo, o mapa me levou até uma casa com placa de aluga-se, simples e bonita, se eu tivesse condições, realmente cogitaria a hipótese de morar lá. De volta ao aplicativo, achei um local que era caminho para casa, então o peguei. Conheço esse bairro, fiquei atento ao que o aplicativo poderia estar me interessando, porque nada havia notado com as últimas vezes que usei. É uma área urbana tranquila, bem movimentada de carros e, antes da pandemia, de pessoas. Atento, vi de longe uma planta que estava no solo, fiquei confuso, não sabia o que era até ver um fruto dele aberto, na hora entendi: algodão. Levei alguns para casa e fiz um banho, ainda sem saber o porquê daquilo. Meu hábito de dormir cedo estava completamente arruinado. Três dias seguidos, mas dessa vez era 01:00 da manhã e nada do sono vir. Pois bem, escrevi todo o relato em um grupo destinado do Facebook, de como hábitos tão comuns e simples foram substituídos por um com disciplina e evolução, como uma noite de sono poderia me fazer perceber que aquilo havia mudado minha rotina que eu nem sabia que tinha. Após o relato, tudo voltou ao normal. Até ontem. Quase uma semana depois, já estava entendendo melhor o aplicativo, randonautas e os relatos de outros membros. Dessa vez, queria uma experiência dentro de casa. Limpei e organizei meu apartamento antes de qualquer coisa, deixei o dia seguir com filmes e comida, me dei folga. Quando a noite chegou, escrevi em um papel o que queria: uma data, um nome e um lugar. Tive tantos sonhos naquela noite, mas o que mais me chamou a atenção foi um em que, uma guerra territorial se estabelecia, mais parecia uma briga de gangues para comandar os espaços, mas sanguinária, com bombas e mais nenhuma arma. Morros de terras, parecia areia de praia, de onde, no meio de cada morro, pudia se abrir uma porta onde você poderia entrar e fazer parte de outra realidade/vida, ou retirar objetos de lá. Nada mais, acordei. Ao olhas no relógio, tinha se passado uma hora desde que tinha dormido. Voltei a dormir. Ao finalmente acordar, por volta das 07:00, entro no Facebook para ver as notificações, mas algo me chama atenção logo de primeiro momento, uma matéria compartilhada no mesmo momento em que acordei do sonho (anexada), essa que me desperta ao que pedi: um nome, uma data, um local, e mais, me faz tentar entender se o real motivo para minha mudança de hábitos e vontade de ingressar na PM não tenha relação.
Por onde anda minha consciência content media
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