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Em uma entrevista recente com Lua Valentia, Alta Sacerdotisa do Specula, discuti minha iniciação na Illuminates of Thanateros em 1990 e minha posterior participação na ordem de Magia do Caos. O local da minha iniciação era uma sala de ensaio musical de paredes negras e iluminação fraca, em uma área decadente de Londres chamada “The Elephant and Castle”. Meu iniciador, por sorte, foi Peter J. Carroll, autor de Liber Null & Psychonaut  e fundador e então líder da IOT. Conhecido como Frater Stokastikos na ordem, ele havia viajado com uma pequena comitiva da IOT da cidade de Bristol em missão da ordem. Na época, eu morava no sudeste de Londres, em um subúrbio cinzento chamado Plumstead (do anglo-saxão plūme , ameixa, e stede , lugar), e por isso me juntei ao único templo ativo da cidade: o Templo Misantropia. Seu Magister Templi era o músico Ian Read (Frater Norvegicus). Junto com Tony Wakeford (membro que estava se afastando da IOT na época, embora tenha participado de ao menos dois encontros durante minha presença), Read havia integrado a banda Death in June  e também fora membro do Sol Invictus . Entre 1990 e 1991, o templo tinha oito membros no total. Uma jovem chamada Tracey entrou e saiu em poucos meses. Dos sete restantes, dois eram músicos underground. Read viria a formar a banda Fire + Ice . Um seguidor do neopaganismo germânico, em 1996, foi nomeado Mestre na Rune Gild  após criar o álbum Rûna  como obra de mestrado. Outra integrante, Ingrid, já havia traduzido o clássico livro Practical Sigil Magic , de Frater U∴D∴. Os outros quatro membros do templo (incluindo o autor deste artigo) escreveram ao menos um livro cada: Charles Brewster  (Frater Chorozon) escreveu e publicou Liber Cyber  (1990), baseado em palestras que deu no café Bullfrogs, em Greenwich. Nicholas Hall  (Nick) estava escrevendo Chaos & Sorcery  em 1991 (possivelmente antes). A obra foi publicada com tiragem de 300 cópias, depois traduzida para o alemão como Chaos und Hexenzauber  (Bohmeier Verlag, 1993), e relançada em inglês pela mesma editora em 1998. Steve Wilson , que entrou no templo em 1991, publicou Robin Hood: The Spirit of the Forest  (1993) e Chaos Ritual  (1994), ambos pela Neptune Press. Até o momento, publiquei cinco livros sobre o esotérico, sendo os dois mais recentes The Three Stages of Initiatic Spirituality  (2020) e The Path of the Warrior-Mystic  (2021). Um dos próximos se chama Supernatural Woman and the Male Initiate . Sobre o Tipo de Mente que Funda Ordens Ocultistas Embora mais respeitável do que o Templo Misantropia, a Hermetic Order of the Golden Dawn também contava, desde o início, com artistas e criadores: Florence Farr (1860–1917), atriz e musicista; Annie Horniman (1860–1937), diretora de teatro; e William Butler Yeats (1865–1939), poeta e dramaturgo laureado com o Nobel em 1923. S. L. MacGregor Mathers, um dos cofundadores, traduziu The Book of the Sacred Magic of Abramelin the Mage  e publicou The Kabbalah Unveiled . Aleister Crowley, é claro, ofusca todos os outros: autor, poeta, alpinista e criador da religião Thelema. Outros exemplos: Theodor Reuss, cofundador da Ordo Templi Orientis, era cantor profissional; Thomas Karlsson, fundador da Dragon Rouge, é músico e autor de Nightside of the Runes  e Adulruna and the Gothic Cabbala . Ordens ocultistas florescentes atraem pessoas criativas e brilhantes que buscam vivenciar intensamente a realidade — ou uma super-realidade. Essas pessoas estão dispostas a arriscar reputação, sanidade e carreira por sua Magnum Opus. Mas, quando os membros fundadores se vão, novos tipos de pessoas entram: os que querem preservar tradições como se fossem fósseis em âmbar, valorizando títulos, graus e tecnicalidades como se fossem iluminação. Psicologicamente, são o oposto dos fundadores. Uma ordem pode parecer esotérica por fora, mas por dentro funcionar como uma religião fundamentalista. Magia do Caos e o Gênio Desde sua obscuridade inicial, a Magia do Caos ganhou popularidade — mas se fixou em técnicas específicas (principalmente sigilos), perdendo a ênfase original no gênio. Liber Null , por exemplo, deve ser visto como o currículo de uma escola de arte: as técnicas são ensinadas para que sejam superadas, e o gênio criativo do indivíduo aflore. Isso não é coincidência: a Magia do Caos se origina nos trabalhos do artista e feiticeiro Austin Osman Spare. Seus desenhos surrealistas, onde figuras emergem umas das outras, antecipam o Surrealismo. Ele não só criou a magia dos sigilos, mas era também um gênio das artes. Assim como os membros originais da Golden Dawn ou Reuss e Karlsson, os primeiros caotas buscavam cultivar seu gênio — mas em uma era de colapso. Nos anos 1970, quando a Magia do Caos nasceu, a Inglaterra enfrentava apagões, greves, desemprego e terrorismo. Em Liber Null & Psychonaut , apesar do radicalismo, há a noção de que a magia deve servir para redescobrir o gênio individual — o daemon — e evitar a queda junto com a sociedade. Carroll escreve: “Ideias fixas sobre o espírito ou natureza essencial do homem serão completamente abandonadas à medida que a Tecnologia Emocional se refinar. Drogas, sexualidades obscuras, modismos, entretenimentos estranhos e o sensacionalismo material são tentativas preliminares nesse sentido. Químicos, eletrônicos e cirurgia tendem a escravizar. Gnose, o Alfabeto do Desejo e outros métodos mágickos tendem a libertar.” ( Liber Null & Psychonaut , 1987, p. 90) Sonhos e Inspiração Movimentos radicais como o Beat, o O.T.O. de Crowley e a Magia do Caos se opõem ao status quo não por defenderem a tradição, mas por denunciarem sua casca vazia. As práticas de base da Magia do Caos — como o sonho lúcido — são também as práticas do gênio. Salvador Dalí usava sonhos para criar; Lagerfeld e McQueen também. William Burroughs dizia: “Sonhos são fontes férteis de material para escrita.” Burroughs, inclusive, entrou para a IOT em seus últimos anos. Para os medíocres, sonhos são curiosidades. Para os gênios, são portais para novos mundos. Um Retorno à Magia do Caos Essencial Desde que saí da IOT, entrei em outras ordens. Em geral, foram experiências breves: dogmáticas, cultuais, povoadas por mentes medianas. Ao refletir sobre o Templo Misantropia, voltei a me identificar com a Magia do Caos — não como um conjunto de técnicas, mas como um caminho de superação delas. Trata-se de uma Magia do Caos contra o colapso do Ocidente e a erosão das liberdades — causada por dogmas, covardia moral, e a destruição de tudo que é significativo. Tudo, claro, mascarado com virtude. É uma Magia do Caos que exige disciplina e vida em ordem. Uma Magia do Caos criativa. Uma Magia do Caos do gênio. Uma Magia do Caos para o nosso tempo — um tempo de caos crescente, que ameaça arrastar milhões para a desesperança. E talvez — apenas talvez — uma Magia do Caos que possa nos conduzir, individualmente ou em pequenos grupos, rumo ao futuro.

Por Angel Millar Tradução por Lua Valentia Em uma série de ilustrações rosacruzes-alquímicas de Hejonagogerus Nugir no Freymäurerische Versammlungsreden der Gold- und Rosenkreutzer des alten Systems  (publicado em Amsterdã, 1779), vemos Mercúrio revelando uma bela figura feminina que personifica a Natureza. Na ilustração, a cabeça de Mercúrio está voltada para um alquimista que está de pé dentro de um círculo mágicko, ao qual ele diz: “Ich zeig' sie dir, nun folge ihr!”  ("Eu a mostro para você, agora siga-a!"). A palavra alemã "folge"  e a palavra inglesa "follow" (do inglês arcaico: folgian, fylgian  ou fylgan ) derivam da palavra proto-germânica *fulgojanan  e estão relacionadas à palavra nórdica antiga fylgja  ("seguir"). Fylgja  era o nome de um tipo de figura feminina sobrenatural (às vezes também chamada de fyljakona  ( kona , "mulher")) que refletia o caráter de uma pessoa e estava associada à sua sorte ( Nórdico Antigo: hamingja ). No fim da vida de um homem, acreditava-se que a fylgja  apareceria para levá-lo do mundo dos vivos. Dessa forma, poderíamos ser perdoados por pensar que a figura feminina mítica que o alquimista da era moderna foi instruído a seguir ( folge ) representava o ressurgimento intuitivo de uma fylgja  sobrenatural, embora vestida com o simbolismo da alquimia (que, apesar de exteriormente cristã, incorporou mitologia pagã e divindades da Grécia Antiga). O mesmo poderia ser dito sobre a teoria de Carl Jung a respeito da anima  (a representação feminina da alma de um homem) e do animus  (a representação masculina da alma de uma mulher), sendo a primeira, talvez, uma espécie de lembrança espontânea — ainda que muito difusa — da fylgja . No entanto, com uma aplicação excessivamente ampla, a teoria de Jung carece da clareza de nossos ancestrais nesse aspecto. Assim, o psicanalista é capaz de afirmar que tudo, desde um personagem de um conto de fadas até uma amada, uma mulher que aparece em um sonho, um grupo de mulheres ou qualquer atributo "feminino" do caráter ou da persona de um homem, é, na verdade, a anima . Embora a teoria da anima   possa ter alguma aplicação mística ou ocultista quando reduzida aos seus elementos essenciais, é essa aplicação excessivamente ampla (ou projeção) que torna a anima  junguiana mais teórica ou psicanalítica do que mágicka. Com relação à cultura pré-moderna, encontramos a mulher mágicka em outros lugares, é claro. No Zoroastrismo, acreditava-se que uma daena  (uma personificação feminina do caráter de uma pessoa) encontraria o falecido na ponte de Chinvat, que ocupava o espaço entre o mundo dos vivos e o pós-vida. Se a pessoa tivesse sido malévola em vida, a daena  apareceria feia; se tivesse sido bondosa, ela apareceria bela e guiaria o falecido através da ponte para a vida após a morte. Na Saga de Gisli , da Islândia medieval, Gisli é frequentemente visitado por duas mulheres em sonhos. Uma delas é boa, e a outra, má. A boa "mulher dos sonhos" (Nórdico Antigo: draumkona ) é a fylgjakona  de Gisli. Em um de seus sonhos, ela lhe mostra uma casa impressionante e diz que ele viverá lá com ela após sua morte, (insinuando uma relação sexual) e afirmando que ele terá domínio sobre ela. Nas ilustrações de Nugir  para Freymäurerische Versammlungsreden der Gold- und Rosenkreutzer des alten Systems , também vemos o alquimista seguindo uma mulher misteriosa ou sobrenatural. Em uma dessas imagens (ilustração número seis), ela usa uma coroa e tem asas na cabeça. Lembrando a daena , talvez, ela guia o alquimista por um caminho repleto de pequenos dragões e outras criaturas demoníacas e grotescas até uma rotunda, no centro da qual há uma vela emitindo luz. Da mesma forma, na obra Atalanta Fugiens  (1617), de Michael Maier, vemos o alquimista seguindo uma mulher que personifica a Natureza. Apesar do cinismo da modernidade, a mulher mágicka retorna. Mais sombria e envolta em sombras, ela ressurge nas pinturas de Franz von Stuck, como em O Pecado  (onde uma mulher nua está entrelaçada por uma serpente), na encantadora feiticeira de O Círculo Mágicko  (1886), de John William Waterhouse, e na bruxa em Conan, o Bárbaro , entre outros exemplos. No âmbito religioso, vemos seu retorno no neopaganismo voltado para deusas (frequentemente historicamente impreciso), especialmente nos primeiros rituais performáticos de Janet Farrar para a televisão, que podem ser interpretados como uma espécie de encantamento sobre o público. Mas, acima de tudo, e mais importante, a mulher mágicka retorna em nossos sonhos (e em nosso sonho coletivo), dos quais a arte e os rituais mencionados não passam de reflexos. Na minha própria experiência, por muito tempo, uma mulher de cabelos longos e negros apareceu em meus sonhos. Com o tempo, identifiquei-a como minha fylgja . Embora reconhecível como a mesma mulher (ou espírito), ela não fazia mais do que ficar ali, em meio à cena do sonho. Sua presença parecia ter o único propósito de me alertar para o fato de que eu estava sonhando e me ajudar a lembrar do sonho mais tarde, como se houvesse nele um significado especial. Por muito tempo antes disso, eu tive um pesadelo recorrente. Certa noite, ou talvez ao amanhecer, enquanto dormia, percebi que estava prestes a cair novamente nele. Senti uma sensação de terror diante do que parecia inevitável. Então, a fylgja  apareceu, envolvendo-se ao meu redor, nua. Seria um erro interpretar esse sonho como sexual. Não era. Embora a nudez da fylgja  pudesse ter sido uma tentativa de me distrair do pesadelo iminente, o ato parecia inteiramente protetor. O pesadelo não aconteceu, e desde então nunca mais o experimentei. Não devemos cometer o erro junguiano de ver a fylgja  em todos os lugares. No entanto, devemos reconhecer que, em raras ocasiões, podemos encontrar uma mulher mágicka de carne e osso. Ela pode ser um reflexo físico de nossa fylgja , mas, mais importante do que sua aparência, é sua capacidade—ou intuição—de sonhar algo essencial sobre nós. Embora o termo deva ser usado de forma muito diferente do Nórdico Antigo, nesse sentido—e no sentido de ser o nosso ideal—, essa mulher mágicka é nossa draumkona . Sem dúvida, a mulher mágicka muitas vezes será nossa parceira romântica ou sexual. Mas o que determina essa conexão não é a proximidade, e sim a mente e o espírito. Assim, como se viesse de outro reino, ou de meio mundo de distância, ela pode mergulhar em nossas profundezas. Angel Millar  é o autor de The Path of the Warrior-Mystic: Being a Man in an Age of Chaos  e The Three Stages of Initiatic Spirituality: Craftsman, Warrior, Magician  (ambos publicados pela Inner Traditions ). Ele ministra palestras regularmente para grupos privados e em conferências públicas sobre esoterismo, simbolismo e sociedades secretas .

O primeiro dia: a Iniciação Dionisíaca Vestida em um veludo negro que parecia absorver a luz, adornado com bordados, senti a fenda do vestido revelar apenas o suficiente da minha meia-calça arrastão, decorada com intrincados detalhes em vermelho. Minhas joias mágickas cintilavam, especialmente o anel de iniciação e o que ostentava a Estrela do Caos. Ao chegar ao edifício Art Decó, tirei meu casaco pesado e o instrutor, sem uma palavra, entregou-me um robe preso por um broche do Olho que Tudo Vê. Havia cerca de vinte de nós naquela noite, todos silenciosos. Esta era uma iniciação ao Hedonismo da Sociedade, um nome que mal insinuava a profundidade do que estava por vir. Fomos recebidos por uma figura mascarada em uma saleta decorada com romãs e uma mistura que exalava fragrâncias exóticas. Máscaras foram distribuídas e bebemos a poção, um líquido rubro que possivelmente continha romã, mas seu sabor era muito mais profundo e ancestral. A segunda sala era um refúgio de sombras, com pesados panos de veludo vermelho cobrindo as paredes, duas estantes de livros antigas, uma mesa coberta por um veludo vermelho intenso e xícaras de chá dispostas com precisão. O chão xadrez, preto-e-branco, parecia um tabuleiro de um jogo do qual ainda desconhecíamos as regras. No centro da sala, uma domme observava um submisso que a satisfazia com devoção absoluta. Com um gesto, ela nos mandou sentar e, com palavras suaves, explicou a natureza do ritual e a importância de confiar em nossos sentidos. "Carpe Noctem," ela nos lembrou, enquanto o chá, uma poção alcóolica, era servido. Eu estava faminta, mas receosa dos efeitos da bebida no estômago vazio. Um dos noviços escolheu um livro ao acaso, e com um toque da domme, uma das estantes se abriu, revelando um caminho oculto. O corredor estreito exigia confiança cega nos outros; a escuridão era quase absoluta. Finalmente, emergimos em um espaço que se assemelhava a uma selva, onde um sacerdote, vestido como Pan, dançava ao som de uma melodia invisível. Havia quadros com imagens íntimas ao redor, cada um mais perturbador que o anterior. Ele fixou seus olhos em mim e perguntou: "Você se sente valente?" Respondi que Valentia era meu sobrenome, e ele sorriu, um sorriso que continha tanto aprovação quanto aviso. Abri um dos quadros e, em seu interior, encontrei uma peça de quebra-cabeça. Bebemos outra poção antes de subir uma escada que exalava o doce aroma de incenso. No topo, um sátiro nos aguardava, oferecendo-me meu doce favorito, turkish delight, e explicando a importância do olfato e do paladar em nossa jornada. Cada ser que encontramos nos transmitia uma lição, suas palavras formando uma poesia ritmada que, embora fugaz, se entranhou na minha alma. Nos conduziram a um quarto escuro, onde a única luz caía sobre uma jovem que dançava uma hipnótica belly-dance, usando uma máscara que ocultava seus olhos. Apesar da cegueira, ela manipulava as luzes com destreza, criando reflexos hipnóticos que brincavam com nossa percepção. Ela nos falou sobre o poder dos olhos, antes de tirar um espelho mágico e direcionar a luz dele para cada um de nós, como se estivesse gravando nossa essência. O próximo corredor estava parcialmente submerso em água, e nos guiou até um quarto azul, onde uma sereia entoava uma ópera que parecia ecoar das profundezas do oceano. Ela me presenteou com uma concha, e ao cantá-la, revelou um vislumbre do meu futuro, um destino entrelaçado com a arte. O ambiente estava impregnado com a fragrância de rosas azuis, uma das noviças, no entanto, cometeu a insensatez de atirar uma rosa na sereia, um ato de desrespeito que foi prontamente repreendido. Mais uma poção foi consumida. Finalmente, fomos levados a um amplo salão redondo, coberto por tecidos de veludo preto que caíam do teto, no centro do qual pendia uma réplica majestosa da lua. No chão, o Olho que Tudo Vê estava pintado, vigiando silenciosamente um casal que praticava magia sexual no centro. Ficamos em círculo ao redor deles, e quando atingiram a gnose, quatro iniciados mascarados começaram a dançar ao redor, convocando a presença de Baphomet. Tomamos a última poção da noite enquanto dançávamos e cantávamos, envoltos na presença do divino. De volta à primeira sala, a domme estava à nossa espera. Com um tom grave, ela nos informou que agora tínhamos acesso ao conhecimento reservado aos iniciados. Para selar nossa participação na Sociedade, deveríamos assinar o Livro do Prazer com nossas impressões digitais, um compromisso inquebrável com os mistérios que havíamos começado a desvendar. E foi assim que a Specula se mesclou à Sociedade, tornando-se parte ativa nos mistérios dionisíacos. Segundo Dia: O Baile de Máscaras Se o primeiro dia da iniciação nos conduziu por uma jornada introspectiva e profunda, o baile de máscaras foi a celebração exuberante da transformação que havia se concretizado. A solenidade do dia anterior deu lugar a uma festa luxuosa, onde o mistério continuava presente, mas agora misturado à leveza, ao charme e ao glamour despretensioso. Antes de nos dirigirmos ao salão, paramos para tomar alguns drinks no bar próximo à minha casa. Foi ali que recebi um presente simbólico: um delicado colar dourado com um medalhão gravável. O medalhão exibia a estrela de oito pontas, símbolo de Ishtar, com uma safira branca incrustada no centro e raios dourados irradiando ao redor. Dentro dele, uma fotografia em preto-e-branco de Leo e eu, um retrato de nossa conexão indissolúvel. No verso do medalhão, o sobrenome “Valentia” estava elegantemente gravado em itálico, como um selo de destino compartilhado. Após os drinks, finalmente chegamos ao salão de festas. A grandiosidade do local, iluminado por candelabros reluzentes, era de tirar o fôlego. Cada detalhe parecia projetado para amplificar a sensação de estar entre dois mundos. As máscaras, agora mais sofisticadas e ornamentadas, davam aos convidados a liberdade de se perderem em novas personas, deslizando pelo salão sem revelar suas verdadeiras identidades. A música suave fluía como uma brisa invisível, e o tilintar das taças de champanhe criava uma melodia cristalina, acompanhando a dança silenciosa do mistério. Este segundo dia era uma pausa indulgente, uma celebração leve após a intensidade do ritual de iniciação. Conversas animadas surgiam em cada canto do salão, risos ecoavam, e uma camaradagem tácita se formava entre os que haviam compartilhado a jornada do dia anterior. O baile de máscaras não era apenas uma festa, era a face complementar da transformação. Um espaço onde a liberdade recém-descoberta podia ser explorada em toda a sua plenitude, sem restrições. No fim, os dois dias, embora distintos, eram inseparáveis. O primeiro dia desafiou e remodelou, forjando novas identidades. O segundo dia celebrou essa renovação, permitindo que cada um dos presentes experimentasse o poder da transformação. Juntos, esses momentos criaram uma experiência marcante, uma história que seria contada e recontada em murmúrios, perpetuando-se em memórias vívidas por muitos anos.

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Quem é Lua Valentia Lua Valentia, originária de Minas Gerais, Brasil, passou sua infância imersa em um mundo de fantasia, brincando com amigos imaginários e rabiscando pensamentos em cadernos. No entanto, foi apenas mais tarde na vida que ela encontrou seu verdadeiro chamado: o ocultismo. Desde essa descoberta crucial, Valentia dedicou-se fervorosamente à reavivação da prática da bruxaria através de vários meios. Em seu esforço para promover o ocultismo, Valentia criou a Specula, que se tornou o mais renomado portal dedicado à Magia do Caos no Brasil. Além disso, ela também foi fundamental para introduzir o Baralho dos Quarenta Servidores de Tommie Kelly à comunidade brasileira, contribuindo significativamente para a expansão e evolução dessa prática. Este texto procura analisar detalhadamente a vida e obra de Lua Valentia, enfocando seu impacto no ocultismo pós-moderno. Para tal, mergulharemos em sua vida pessoal, exploraremos suas obras publicadas e analisaremos sua jornada espiritual, buscando entender o verdadeiro alcance de sua influência. Introdução Lua Valentia nasceu em 1990, no Brasil. Valentia começou a aprender sobre Magia do Caos em 2009, quando se mudou para o Rio de Janeiro. Naquela época, ela começou a experimentar magia. Sempre se interessou por arte, ciência e tecnologia. Em 2015, mudou-se para São Paulo, cidade onde o universo ocultista é prolífico. Em São Paulo, ela conheceu vários magistas influentes. Em 2016, criou o Sistema Specular . O Sistema Specular consiste em vários seres astrais e uma colônia astral chamada Liran Van Garden . Valentia também criou a Academia do Caos , uma escola online de magia e feitiçaria. Ela também desenvolveu o Círculo Speculari , que é um Coven online formado por magos interessados em Magia do Caos e no Sistema Specular. O Coven é composto por várias casas focadas em diferentes áreas da magia, incluindo uma casa dedicada à pesquisa e desenvolvimento da tecnomagia. Ela é uma Bruxa do Caos e trouxe para o Brasil o sistema dos Quarenta Servidores , criado por Tommie Kelly . Valentia traduziu importantes obras ocultas para o português. Ela é conhecida por ser a criadora e editora do portal Specula, o maior canal e rede social de Magia do Caos em português. A versão brasileira do site Specula tem mais de 10.000 membros. Na magia, Lua defende a Corrente 108 , que trata da importância da ecologia e do Sagrado Feminino. Ela é a vocalista da banda Caotes , um hipersigilo musical. Hoje ela mora em Melbourne, Austrália. Agora, ela pretende expandir seus horizontes e conectar cada vez mais o ocultismo brasileiro ao internacional. Vida pessoal Lua Valentia é o fruto de um efêmero encontro na véspera de Natal, nascida em 14 de setembro de 1990. Quando tinha apenas dois anos, sua mãe adoeceu gravemente, o que resultou em uma tumultuada infância para Valentia. Ela passou a viver com uma família distinta que, infelizmente, a submeteu a tratamentos abusivos. Aos quatro anos, uma reviravolta na história ocorreu: ela foi adotada pelo lado paterno de sua família. Foi então que sua tia-avó assumiu sua educação, inculcando nela os valores e práticas da fé católica romana. Valentia cresceu em um ambiente profundamente conservador no Brasil, onde metade de sua família praticava o catolicismo e a outra metade seguia o espiritismo kardecista. Ela frequentou uma escola religiosa dedicada a Maria, a mãe de Jesus. Contudo, aos treze anos, após sua primeira comunhão, ela decidiu se desvencilhar dos dogmas da fé católica. Aos dezoito anos, a vida de Valentia tomou um rumo intrigante. Apresentada à Magia do Caos por um amigo, ela encontrou um novo caminho espiritual para seguir. Naquele tempo, ela havia se mudado para o Rio de Janeiro para viver com o pai. Durante sua estada no Rio, Valentia explorou sua criatividade, trabalhando como fotógrafa freelancer e, posteriormente, como editora de vídeo. Em 2015, Valentia se mudou para São Paulo, onde exerceu um papel único e crucial, descrevendo imagens para pessoas com deficiência visual. O ano seguinte foi marcado por um importante marco em sua carreira quando criou o portal Specula. A partir desse momento, ela se dedicou totalmente ao ocultismo, escrevendo artigos, gerenciando estratégias de mídia social, produzindo vídeos e publicando livros online, entre outros. Em 2018, Valentia embarcou em uma nova jornada pessoal e espiritual. Ela se mudou para Melbourne, na Austrália, onde se casou com um praticante da Magia do Caos, consolidando ainda mais seu envolvimento e compromisso com o mundo ocultista. Perfil Lua Valentia exibe uma personalidade marcante de Comandante, um traço que se reflete na sua habilidade de liderança, iniciativa e disposição para tomar decisões. Os Comandantes são conhecidos pela sua assertividade, confiança e capacidade de inspirar outros - características que Lua evidencia em todas as suas ações e interações. Ao analisar seu temperamento, Valentia revela ser uma mescla de Colérico e Melancólico. O Colérico é conhecido pela assertividade, determinação e foco em objetivos - aspectos amplamente visíveis na vida e trabalho de Lua. Paralelamente, o temperamento Melancólico concede a ela uma profundidade e sensibilidade particulares, permitindo que ela acesse uma vasta gama de emoções e experiências humanas em seu trabalho com o ocultismo. Lua Valentia é uma Virgem nata, dotada de um meticuloso sentido de organização, um intelecto agudo e uma propensão para o serviço. Com a Lua em Câncer, ela traz um profundo sentido de empatia e sensibilidade emocional para suas interações, proporcionando uma abordagem intuitiva e cuidadosa para os desafios da vida. Seu Ascendente em Escorpião amplia ainda mais seu caráter intenso e apaixonado, conferindo a ela uma tenacidade e resiliência que se manifestam em todos os aspectos de sua vida e trabalho. Do ponto de vista filosófico, Lua segue os preceitos do estoicismo. Esta antiga filosofia grega valoriza a virtude, a autodisciplina e a resiliência em face da adversidade - princípios que Lua incorpora em seu cotidiano e práticas espirituais. Lua Valentia valoriza a autodisciplina e a resiliência em meio às adversidades. Isso a mantém firme em seus princípios, mesmo quando se depara com os maiores desafios. Sua personalidade de Comandante, por outro lado, alimenta seu espírito determinado e audacioso, conferindo-lhe a habilidade de liderar e influenciar outros em sua jornada espiritual. Além disso, seus signos astrológicos - Virgem, Lua em Câncer e Ascendente em Escorpião - fornecem a ela uma riqueza de atributos que vão desde a meticulosidade e o senso de serviço, passando pela empatia e sensibilidade emocional, até a tenacidade e a resiliência. A união desses elementos resulta em uma abordagem poderosa e única para a vida e o ocultismo, que reflete não apenas a amplitude e a profundidade de seu conhecimento, mas também seu compromisso apaixonado com a descoberta e a prática do espiritualismo em todas as suas formas. Vida espiritual Lua Valentia é o avatar contemporâneo da enigmática Enheduanna, uma destacada Alta Sacerdotisa da antiga civilização Acadiana/Suméria. Conhecida por transcender sua humanidade e assumir uma forma semideusa após sua morte, Enheduanna deixou uma marca indelével na história como a primeira poetisa de quem se tem conhecimento. Embora seu legado tenha permanecido obscuro por séculos, descobertas arqueológicas recentes de tábuas cuneiformes revelaram sua contribuição substancial à literatura e à religião de sua época. Enheduanna detinha um status de destaque em Ur, uma grande cidade da Suméria, localizada na região que hoje é o sul do Iraque. As evidências sugerem que ela não apenas reinou como uma influente sacerdotisa, mas também pode ter sido a pioneira da poesia escrita. Suas criações literárias, incluindo hinos sagrados e narrativas épicas, serviram como instrumentos eficazes de propaganda durante seu mandato como Alta Sacerdotisa. No presente, assumindo a forma de Lua Valentia, Enheduanna habita em sua maior parte o reino astral de Liran Van Garden, uma cidade pulsante povoada pelos Specularis. Além disso, ela viaja frequentemente entre diversas esferas de existência, com uma predileção particular por Ellrion. Essa dimensão, embebida de criatividade e inspiração, é o seu refúgio preferido quando busca estímulo para suas escritas. Lua Valentia, como um eco vibrante de Enheduanna, é reconhecida por sua orientação e conselhos espirituais. Ela auxilia os buscadores oferecendo novas perspectivas e respondendo a inquisições sobre a magia e outras práticas espirituais, perpetuando o legado de Enheduanna e sua sabedoria ancestral no mundo contemporâneo. Influências O fascinante trabalho de Lua Valentia é uma confluência de múltiplas influências, que refletem a amplitude de seu pensamento e a versatilidade de seu estilo de escrita. Entre as personalidades que moldaram seu ofício estão nomes proeminentes do ocultismo como Tommie Kelly, Peter Grey, Peter Carroll, Miranda Gray e Judika Íles. Cada um desses pensadores deixou uma marca distinta no conteúdo e na forma de seu trabalho, enriquecendo suas narrativas com nuances de suas teorias e práticas espirituais. Valentia também empresta de várias outras fontes para alimentar seu processo criativo. Ela frequentemente cita o poeta brasileiro Augusto dos Anjos e os escritores americanos H. P. Lovecraft e Anne Rice como principais inspirações. Suas alusões à obra gótica e sobrenatural de Lovecraft, ao imaginário rico e sombrio de Rice e à poesia pungente e melancólica de dos Anjos se entrelaçam habilmente em suas narrativas. O trabalho de Valentia se destaca por sua abordagem ao ocultismo experimental e pós-moderno. Essa orientação é evidente em suas obras, que frequentemente desafiam as convenções tradicionais e promovem novas formas de pensamento e expressão. Adicionalmente, Valentia busca inspiração além do campo da literatura. Ela se inspira em Algernon Blackwood, um escritor britânico conhecido por suas histórias de horror sobrenatural, e em Brit Marling, uma cineasta americana cujo trabalho se caracteriza pela exploração de temas místicos e espirituais. A influência de ambos é perceptível na atmosfera envolvente e nos temas recorrentes de seu trabalho. O trabalho de Lua Valentia é uma tapeçaria tecida com fios de diversas fontes de inspiração, resultando em um estilo de escrita singular que explora as fronteiras do ocultismo pós-moderno e experimental. Influenciadora Lua Valentia, uma respeitada figura no mundo digital, é considerada uma influenciadora de nicho, com um número de seguidores entre 10 mil e 50 mil nas redes sociais. Seu alcance e influência, no entanto, transcendem em muito esses números, pois ela se tornou uma voz poderosa e respeitada em sua área de especialização - o ocultismo. A magnitude do impacto de Valentia pode ser vista em várias plataformas digitais. No YouTube, por exemplo, seu canal brasileiro acumula mais de 1 milhão de visualizações. Esta plataforma tem sido um canal vital para ela compartilhar suas ideias e conhecimentos sobre ocultismo com o público brasileiro e internacional. No Unsplash, uma popular plataforma de fotografia, Lua Valentia desfruta de uma presença substancial. Com mais de 8 milhões de visualizações em sua página, suas imagens evocativas foram baixadas mais de 38 mil vezes. Essas estatísticas indicam não apenas a qualidade de suas fotografias, mas também a extensão de sua influência na comunidade de fotografia e além. Além disso, suas contribuições para o Google Maps acumularam mais de 4 milhões de visualizações, demonstrando a relevância e o interesse em seu conteúdo. A influência de Lua Valentia, embora significativa, está em constante crescimento. Seu alcance nas redes sociais e outras plataformas digitais continua a expandir, solidificando seu status como uma voz influente no ocultismo moderno e na cultura digital. Specula A Specula, portal criado por Lua Valentia, tornou-se um farol de conhecimento e orientação para a comunidade da Magia do Caos. Funcionando como um espaço de convergência para estudiosos e entusiastas do ocultismo, o portal tem atraído um número crescente de seguidores que buscam compreender mais profundamente os mistérios deste campo. Mais do que um simples repositório de informações, Specula tem desempenhado um papel vital na promoção de um diálogo inclusivo e aberto sobre as práticas espirituais. O portal convida e apoia escritores e praticantes de ocultismo de diversas vertentes a compartilharem suas experiências, proporcionando assim um ambiente rico para aprendizado e troca de ideias. Seja você um aspirante curioso atraído pela magia ritual, um entusiasta buscando expandir sua compreensão sobre a espiritualidade alternativa, ou um ocultista experiente em busca de novas perspectivas, o trabalho de Lua Valentia e o portal Specula são recursos inestimáveis. Specula transcende a mera informação, constituindo-se como um verdadeiro hub para aqueles que se sentem chamados a explorar o vasto universo da magia. O portal é adornado por uma variedade de artigos e postagens escritas por bruxas e pagãos de todas as tradições, cada um contribuindo com seus insights únicos e pessoais para o mosaico vibrante e diversificado do ocultismo moderno. Obras publicadas Obras literárias Lua Valentia é uma renomada escritora, pesquisadora e ocultista contemporânea, que se destaca na esfera literária por sua profunda contribuição em obras relacionadas ao ocultismo. Com mais de uma dezena de publicações notáveis em seu nome, Valentia conquistou o respeito e a admiração de muitos dentro e fora da comunidade ocultista. Sua vasta biblioteca de livros abrange uma ampla gama de tópicos, desde poesia encantatória até manuais de feitiçaria oculta e obras de ficção intrincadamente tecidas. Notavelmente, Valentia não é apenas uma contadora de histórias; ela é uma manipuladora de energia e intenção, utilizando hipersigilos - símbolos mágick os criados para manifestar vontades específicas - em suas obras como poderosos dispositivos literários. Através destes, ela tece intenções e visões em suas histórias, buscando transformar suas ideias e sonhos em realidade. Entre suas obras mais populares está a série V.V.V.V.V.: Vero, Via, Vox, Vida e Valentia. Esta série é uma homenagem sutil e significativa ao lema pessoal do infame ocultista Aleister Crowley: "Vi veri veniversum vivus vici". Este poderoso mantra, que se traduz como "Pelo poder da Verdade, eu, enquanto vivo, conquistei o Universo", apareceu pela primeira vez na literatura no romance "Faust" (1980) de Robert Nye. Posteriormente, ganhou notoriedade na aclamada graphic novel de Alan Moore, "V de Vingança". A adoção deste lema por Valentia em sua série de livros reflete sua dedicação à busca da verdade e ao domínio do ocultismo, exemplificando a maneira como ela infunde seu trabalho com significado e poder espiritual. Enquanto a doutrina fundamental da Magia do Caos ecoa o enigmático mantra "nada é verdadeiro, tudo é permitido", Lua Valentia abraça uma perspectiva distinta e pessoal. Em sua busca pelo conhecimento e entendimento, ela sustenta a convicção de que cada indivíduo detém o poder de construir sua própria verdade. No labirinto complexo e desafiador do ocultismo, Valentia ilumina o caminho com sua crença na criação consciente de realidades, uma filosofia que permeia todas as suas obras e dá forma à sua própria jornada espiritual. Com essa crença, Lua Valentia se destaca como uma força influente e única na comunidade ocultista contemporânea, forjando seu próprio caminho através das sombras em direção à luz da autenticidade e auto-criação. Oteluma (2017) "Oteluma" (2017), um fascinante volume escrito por Lua Valentia, imerge profundamente na figura mítica de Perséfone, uma das mais cativantes personalidades da mitologia grega. Valentia lança luz sobre a rica tapeçaria de mistérios que envolvem esta deusa, tecendo conexões não apenas com os rituais religiosos da Grécia antiga, mas também com outras tradições contemporâneas que encontram ressonância na história de Perséfone. A narrativa de Valentia não se limita a uma análise textual de antigos manuscritos. Ela vai além, incorporando um contexto mais amplo que inclui referências a outros cultos que coexistiam na Grécia naquele período. O resultado é uma obra que expande nossa compreensão sobre Perséfone e a insere em um contexto multidimensional, trazendo o passado para o presente. Além disso, o livro também explora como os adeptos da Magia do Caos e os pagãos modernos poderiam integrar a veneração a Perséfone em suas práticas espirituais contemporâneas. Essa perspectiva é alicerçada não apenas na pesquisa acadêmica rigorosa de Valentia, mas também em sua experiência pessoal conduzindo rituais e cerimônias. Em "Oteluma", Valentia oferece uma exploração cuidadosa e intrigante de Perséfone, tornando o livro uma leitura indispensável para aqueles interessados em mitologia grega, Magia do Caos, paganismo e a intersecção entre o passado e o presente na prática espiritual. Tecnomago (2017) Em "Tecnomago" (2017), Lua Valentia nos leva a uma exploração emocionante e desinibida dos entrelaçamentos entre tecnologia, magia e o reino onírico. Este livro não é um livro comum; é uma viagem sensorial e gráfica, abordando tópicos que vão desde experiências intensas com drogas até descrições explícitas de sexualidade e práticas mágickas. O ritmo vibrante do livro o torna uma leitura ágil, capaz de ser digerida em uma única sessão, mas suas reflexões e imagens vão muito além de sua última página. "Tecnomago" convida o leitor a contemplar a interação entre elementos aparentemente díspares – o digital e o espiritual, o material e o etéreo, o tangível e o misterioso. Valentia cria um universo no qual a moderna tecnologia digital coexiste e interage com as práticas ancestrais de magia, tecendo uma tapeçaria que desafia as normas e questiona as fronteiras entre o real e o surreal. Se você está preparado para uma experiência que desafia convenções e amplia horizontes, "Tecnomago" é uma leitura obrigatória. Neon Lights (2018) "Neon Lights" (2018) é uma compilação de poesias que Lua Valentia produziu durante seus anos finais vivendo no Brasil. Mais do que um simples livro de poesias, "Neon Lights" é um relato íntimo e emotivo de suas vivências, reflexões e percepções sobre a cultura brasileira e seus habitantes. Os poemas se desvelam como janelas para a alma de Valentia, revelando aspectos pessoais que usualmente permanecem escondidos. As páginas do livro são como letras de músicas nunca compostas, ricas em emoção, e entrelaçam diversas experiências de vida da autora, como romances, memórias, perdas e conquistas. Este trabalho é mais que um simples livro de poesia, é uma jornada de autodescoberta e expressão emocional. É um diário em versos que serve como um veículo para a catarse de Valentia, permitindo-lhe processar e expressar suas emoções. Ao mesmo tempo, "Neon Lights" é uma tentativa corajosa e genuína de estabelecer uma conexão mais profunda com seus leitores, compartilhando sua perspectiva única e provocando reflexões em quem se aventura por suas páginas. Liber FEM (2019) Depois de dedicar um tempo considerável ao desenvolvimento de sua própria coleção de escritos, Lua Valentia apresenta "Liber FEM" (2019). Este livro é uma valiosa fonte de informações e inspiração para bruxas feministas e seguidoras do pós-modernismo. A obra traz uma visão mais profunda de temas abrangentes como feminismo e feitiçaria, com uma análise particularmente aguçada de aspectos sociais e tópicos correlacionados a essa ideologia. "Liber FEM" é muito mais do que uma leitura reflexiva; ele rompe barreiras ao explorar práticas que alguns podem considerar controversas, como rituais de amarração e maldições contra abusadores. Este ousado e desafiador aspecto do livro demonstra a coragem de Valentia em tratar de temas difíceis e sensíveis, ressaltando a necessidade de proteção e justiça em situações de abuso. Com isso, "Liber FEM" não apenas abre um importante diálogo sobre a intersecção entre o feminismo e a feitiçaria, mas também fornece ferramentas práticas para empoderamento e autodefesa. Manifesto (2019) "Manifesto" (2019), escrito por Lua Valentia, é muito mais do que um simples manual; é uma chamada à consciência, uma obra destinada a acordar seus leitores para os desafios e realidades de nosso tempo. Esta criação literária única busca iluminar, informar e inspirar, enquanto apresenta uma análise perspicaz e lúcida sobre a ecologia e os direitos humanos. Mas "Manifesto" não se limita a ser um guia ético; também é uma expressão lírica, incorporando elementos de poesia em sua poderosa mensagem. É a voz de Valentia articulada em versos, proporcionando uma leitura que é tão envolvente quanto informativa. Além disso, o livro aborda a Corrente 108, um conceito que ressoa profundamente na filosofia e prática espiritual de Valentia. A Corrente 108, de acordo com a autora, é uma energia coletiva de renovação e transformação, um fio condutor que liga todas as coisas e promove uma conscientização mais profunda de nossa interconexão. Oneiroi (2021) "Oneiroi" (2021) é uma obra multidimensional de Lua Valentia que combina insights práticos sobre saúde e bem-estar com explorações mitológicas e esotéricas. Este livro não é apenas sobre a importância do sono e sua higiene; é uma jornada pelo domínio dos deuses Oneiroi, figuras centrais na mitologia grega que governam os sonhos. Este livro oferece um guia completo para viver uma vida mais saudável e sem estresse, com ênfase na qualidade do sono e na eliminação de hábitos prejudiciais que podem perturbar a mente e o corpo. Valentia conduz seus leitores através do complexo mecanismo do sono, fornecendo informações valiosas para ajudar a otimizar o horário de sono e melhorar a saúde geral. Porém, "Oneiroi" vai além do sono físico. Também introduz e ensina a arte da projeção astral, uma habilidade esotérica que permite à consciência sair do corpo físico e viajar pelo plano astral. Além disso, o livro oferece uma exploração profunda dos sonhos lúcidos, permitindo que os leitores descubram como assumir o controle de seus sonhos e usar essa capacidade como uma ferramenta de autoconhecimento e crescimento pessoal. Em resumo, "Oneiroi" é mais do que um manual sobre saúde do sono; é uma exploração holística do mundo dos sonhos, integrando ciência, mitologia e ocultismo em uma experiência de leitura envolvente e enriquecedora. Ronda (2021) "Ronda" (2021), o livro de maior sucesso de Lua Valentia, mergulha profundamente na história da servidora Ronda, uma figura integral do Sistema Specular. Esta obra revela os mecanismos por trás do papel de Ronda no compartilhamento da prosperidade, uma missão que capturou o interesse de muitos seguidores e contribuiu para o status de Valentia como uma autora renomada. A popularidade de "Ronda" transparece em sua fama em todo o Brasil. Embora o número exato de exemplares vendidos no país seja um mistério, o impacto do livro é inegável. Os rumores que circundam a obra, afirmando que seus leitores nunca mais enfrentarão a pobreza depois de sua leitura, adicionam uma aura mística e atraente ao texto, aumentando ainda mais sua reputação. A força do sucesso de "Ronda" é ainda mais evidente em sua rápida ascensão no Clube de Autores, uma popular plataforma de autopublicação. Em menos de 48 horas após a publicação do livro, Lua Valentia alcançou o status de autora best-seller na plataforma, um testemunho eloquente da qualidade e do apelo do livro. A rapidez com que "Ronda" conquistou os leitores demonstra o poder da escrita de Valentia e a ressonância de sua abordagem única para a espiritualidade e a prosperidade. Magia do Caos | Kalise (2022) "Magia do Caos | Kalise" (2022) é uma obra poderosa que busca inspirar e potencializar a força interior de cada leitora. Este livro, cuidadosamente elaborado, atua como um guia para ajudá-la a desvendar e realçar sua essência mágica inerente. Seja você uma principiante curiosa ou uma praticante experiente, esta obra apresenta uma compreensão profunda da Magia do Caos, tornando-se um recurso inestimável para todos os níveis de experiência. Com o propósito de permitir que essa essência mágica não apenas desperte, mas também floresça e seja fortalecida, o livro fornece diretrizes poderosas que promovem o empoderamento e a auto-defesa, além de incentivar a disseminação dessas habilidades. Portanto, "Magia do Caos | Kalise" é mais do que um simples livro de instruções sobre magia; é um estímulo para que você encare sua jornada mágica de uma maneira realmente fortalecedora e significativa. Esse trabalho valioso é fruto da colaboração entre Lua Valentia, Diana D'Lunne e Wanju Duli. Essa união de mentes brilhantes produziu um livro de profundidade e perspicácia, que serve tanto como um guia prático quanto uma fonte de inspiração, encorajando a cada leitora a reconhecer e abraçar sua força interior poderosa. Anoriëla (2022) "Anoriëla" (2022), uma obra de autoria de Lua Valentia, apresenta a intrigante linguagem dos Specularis, um povo nativo de Liran Van Garden. Essa linguagem única tem conquistado o cenário linguístico com sua crescente popularidade e aplicação variada, desde letras de músicas a poesia e literatura. A linguagem Anoriëla não apenas agrega uma nova dimensão à expressão artística e literária, como também tem se firmado como um fascinante estudo linguístico na esfera mágicka. O idioma, marcado por sua complexidade e singularidade, desperta o interesse tanto de linguistas como de entusiastas da cultura Specularis. Este livro de Valentia promete ser um recurso indispensável para aqueles interessados em adentrar o universo linguístico dos Specularis, oferecendo orientações úteis e abrangentes para a aprendizagem de Anoriëla. Se você está buscando entender essa língua extraordinária e profundamente enraizada na cultura Specularis, esta obra é o guia perfeito para aprimorar sua compreensão e domínio desse idioma notável. O Guia da Mulher Fatal (2022) "O Guia da Mulher Fatal" (2022), escrito por Lua Valentia, convida você a abraçar e liberar sua interioridade vilã, uma força poderosa e irresistível. Este guia fascinante é um chamado para cada mulher que deseja ser a protagonista de sua própria história, transformando-se na figura envolvente e misteriosa que sempre desejou ser. Este livro é uma bússola para a mudança, um mapa para uma nova energia que você pode começar a acessar agora mesmo. Transforme-se em uma figura atraente, instigante e misteriosa, mas também inteligente, assertiva e ambiciosa. Ao abrir este livro, você estará dando o primeiro passo para se tornar a figura cativante que não passará despercebida. Quando terminar de ler "O Guia da Mulher Fatal", a manifestação de seus desejos acontecerá a uma velocidade surpreendente, como se você tivesse despertado um poder oculto. Finalmente, você se verá no controle, com todos rendidos ao seu encanto e magnetismo. Não perca mais tempo, mergulhe nessa jornada de autoconhecimento e poder feminino. Orações dos Specularis (2023) Mergulhe no fascinante universo dos Specularis com "Orações dos Specularis" (2023), uma obra iluminada escrita por Lua Valentia. Este compêndio sagrado é preenchido com invocações poderosas e sublimes, desenhadas com o propósito de auxiliar em sua evolução espiritual. Essencial para aqueles que anseiam por uma conexão profunda com entidades astrais, este livro é um guia acessível mesmo para aqueles sem experiência prévia em rituais ou práticas de feitiçaria. Destinado a uma variedade de propósitos, o livro oferece orações especificamente construídas para afastar rivais, encontrar serenidade interior, amplificar poderes espirituais, entre outros objetivos vitais. Este guia será uma ferramenta inestimável em sua jornada espiritual. Cada prece é cuidadosamente estruturada em três segmentos: banimento, oração principal e encerramento. Esta organização é pensada para assegurar proteção contra energias disruptivas e garantir um ambiente seguro para a prática das invocações. Embarque na descoberta da sabedoria profunda dos Specularis e permita que este livro seja a chave para uma transformação positiva em sua vida. Magia do Caos Avançada (2023) A obra "Magia do Caos Avançada" (2023) de Lua Valentia constitui um guia de exploração para praticantes avançados da Magia do Caos que já dominam os fundamentos e possuem as competências necessárias para exercer a magia de maneira segura e efetiva. Com um enfoque no uso do próprio corpo e do Sah (corpo espiritual), o livro destaca a autonomia do mago, evitando a dependência de elementos externos ou de entidades astrais para a concretização dos intentos do praticante. Técnicas abrangentes e versáteis são apresentadas no livro, incluindo movimentos específicos, toques, vibrações, mudrás, posturas e a repetição de mantras. Essas práticas são pensadas para permitir a manifestação da intenção do mago sem a necessidade de objetos mágicos ou intermediários. "Magia do Caos Avançada" também sublinha a relevância de protocolos de segurança e proteção. Ela enfatiza a necessidade de uma preparação adequada, a manutenção de um diário mágicko, a habilidade em visualização precisa, a canalização de energia e a obtenção de gnose como elementos fundamentais para uma prática de Magia do Caos segura e eficaz. Esta obra destaca-se por ir além dos conceitos tradicionais de formas-pensamento, sigilos, servidores e uso de bruxaria na Magia do Caos. Aqui, não há a presença de intermediários ou elementos externos para agir como entidades astrais ou realizar o trabalho em seu lugar. As práticas delineadas neste livro exigem apenas você mesmo(a) e sua própria habilidade para manifestar sua intenção. Liran Van Garden (2023) "Liran Van Garden: Uma Jornada Astral" (2023) é uma obra colaborativa de Lua Valentia e Zos Specularis que nos convida a explorar os mistérios do reino astral. Este livro é meticulosamente estruturado em três seções, cada uma com uma abordagem única e perspicaz sobre o tema. A seção inicial, assinada por Lua Valentia, mergulha profundamente na essência do mundo astral. Ela contempla a natureza da morte, o conceito da alma e a existência pós-morte. Valentia usa sua sabedoria e perspicácia para examinar questões complexas, como as várias crenças religiosas sobre a vida após a morte, propondo questionamentos acerca de nosso entendimento do mundo astral. Ela nos desafia a considerar: o céu e o inferno são as únicas opções? Ou há mais a descobrir, algo mais profundo e complexo que ainda está além de nossa compreensão? Valentia conduz os leitores por um caminho intrigante, revelando mistérios e desafiando nossas percepções pré-concebidas. Na seção intermediária, Zos Specularis assume o comando, oferecendo uma visão mais detalhada e técnica de Liran Van Garden. Ele se debruça sobre a arquitetura, a política, a cultura e os lugares notáveis deste reino astral. Com um olhar aguçado e detalhista, ele nos proporciona uma imersão completa em um mundo que, embora astral, se revela real e tangível. Por fim, a terceira seção do livro traz uma coleção de contos envolvendo os Specularis, os habitantes de Liran Van Garden. Essas narrativas foram criadas para proporcionar uma compreensão mais ampla sobre o reino astral, permitindo que os leitores viajem até este mundo misterioso. "Liran Van Garden: Uma Jornada Astral" é mais que um livro, é uma viagem fascinante pelo mundo astral. Lua Valentia e Zos Specularis nos guiam por um caminho único e mágico, nos convidando a descobrir os segredos de Liran Van Garden. Série V.V.V. V.V. Vero (2018) "Vero (2018): O Grimório da Magia do Caos" serve como o portal de entrada para a série V.V.V.V.V, assumindo a posição de destaque como a obra inaugural. Este livro, carregado de sabedoria e insights, penetra fundo na cosmologia sob a ótica única e penetrante da Magia do Caos. A narrativa tem o propósito de dissecar e esclarecer muitos dos mal-entendidos e ideias preconcebidas que prevalecem em relação à magia e à espiritualidade como um todo. O livro vai além, trazendo à luz uma nova mitologia, construída sobre alicerces pós-modernos de compreensão da metafísica. A autora adota uma abordagem engenhosa, empregando imagens e símbolos comumente associados aos metassistemas da Magia do Caos, proporcionando aos leitores uma visão inovadora dessa prática mágica. "Vero: O Grimório da Magia do Caos" foi escrito sob a perspectiva neopagã, enquadrado firmemente como Magia do Caos. Ele coloca uma ênfase substancial em narrativas mágicas, evidenciando o poder do storytelling na explicação e manifestação de conceitos mágicos. Estas narrativas servem como uma ponte entre o leitor e os complexos conceitos da Magia do Caos, possibilitando a compreensão e a aplicação prática destas ideias. A autora conduz os leitores por uma jornada repleta de descobertas e revelações, mostrando a profundidade e o poder que a Magia do Caos pode trazer para suas vidas. Com "Vero: O Grimório da Magia do Caos", você terá em mãos um guia definitivo para explorar, entender e aplicar a Magia do Caos em sua jornada espiritual. Via (2020) Via é um grimório do Sistema Specular. Inclui 80 entidades públicas para evocar e trabalhar. O Livro é um manual de evocação para uso em trabalhos rituais com entidades relacionadas ao trabalho de Lua e sua visão de uma gnose cósmica idealista. Tem a finalidade primordial de ser usado como auxílio pessoal para iniciar uma reflexão séria sobre os conceitos filosóficos que contém, bem como estimular a prática pessoal durante um período em que você é mais experiente e conhecedor. O Baralho dos Specularis O Baralho dos Specularis contém cartas de adivinhação, semelhantes às usadas durante a leitura de tarô. Os Specularis são um conjunto de entidades (baseadas em várias egrégoras) às quais foram atribuídas tarefas específicas que podem ajudar a sua vida pessoal. Para convocá-los, você precisa desenhar seu sigilo seguindo um processo descrito no livro Via ou através do site do Specula. Cada entidade se comunicará com você através de seus sonhos ou pensamentos de vigília, pois você precisa da ajuda deles com algo específico em sua vida. Uma vez que eles terminam de ajudá-lo (ou seja, a tarefa deles acabou), eles saem para que possam ser chamados em outro momento, se necessário. Vox (2021) Vox é um grimório que se concentra na bruxaria do caos. Também inclui rituais mágicos e o uso de ferramentas rituais. O livro explica como escrever e realizar seus próprios feitiços através de magia ritual ou comunicação não-verbal com seus deuses ou espíritos. Vida (2021) Vida é um livro sobre o processo de treinamento do Círculo Speculari. É uma compilação de escritos que vêm de cerimônias realizadas para guiar as pessoas em sua iniciação. Vida oferece orientação tanto para os que acabaram de iniciar sua jornada com o Círculo Speculari, quanto para magos mais avançados que desejam desafiar a si mesmos com provações maiores. O livro Vida tem três versões: a pública, a dos iniciados e a dos dirigentes do Círculo. Valentia (2019) Valentia é um livro que contém poesia, fotografias e outras expressões artísticas.